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Por Júlio César Cardoso, publicado pelo Instituto Liberal
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Não adianta chorar! Nesta quinta-feira (12) o Brasil amanheceu com a bandeira nacional, verde e amarela, e não vermelha, tremulando de alegria, em que sobressaia em letras garrafais o mote “Ordem e Progresso”, que, certamente, norteará o caminho do novo governo.
O país agora tem novo técnico, que não permitirá a derrota acachapante de 7 X 1, tal é o quadro degradante de nossa economia, com mais de 11 milhões de desempregados, empresas fechando todos os dias, a inflação corroendo o bolso da sociedade e o descrédito nacional junto à comunidade financeira estrangeira.
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Não adiantou o contorcionismo das chacretes do governo na Câmara e Senado Federal, a cooptação do ilustre tresloucado e desconhecido presidente interino da Casa do Povo, Waldir Maranhão, bem como o desespero do esforçado e improdutivo ex-advogado-geral da União, Eduardo Cardozo. A aprovação por 55 votos a 22 pelo afastamento de Dilma Rousseff sinalizou o tom que repicará o sino dentro de 180 dias.
O governo ora afastado debita a Eduardo Cunha a sua defenestração. É trágico-cômico a lamúria de que Cunha por vingança tenha acolhido o pedido de impeachment, formulado por três juristas. Mesmo que seja vingança, ele agiu certo, pois errado estaria se não desse provimento a uma petição robusta, legítima, democrática e constitucional, que continha grave acusação contra a governabilidade de Dilma Rousseff.
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E tanto agiu certo que a peça acusatória foi referendada por 367 deputados e 55 senadores. Logo, Cunha, em que pese o gancho aplicado pelo STF, atuou dentro de seus poderes constitucionais, e ninguém poderá responsabilizá-lo pelo afastamento de Dilma Rousseff.
Ninguém tem dúvida de que Eduardo Cunha terá o seu mandato cassado. Mas não se pode deixar de reconhecer que ele prestou um “grande serviço” ao país ao dar andamento ao pedido de impeachment. Não é dito que na política vale tudo? Dilma não disse que faria o diabo para se eleger?
Pois é, nunca como um dia depois do outro. A patota dilmista vibrou com o afastamento de Eduardo Cunha pelo STF, e Dilma Rousseff festejou: “Antes tarde do que nunca”. Cunha rebateu dizendo que diria o mesmo quando ela fosse apeada do poder.
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Assim, neste contexto, o povo brasileiro torce para que Michel Temer consiga – com inteligência, eficiência, humildade, dialogo com o Congresso e a nação – fazer uma faxina ética geral para que o Brasil volte a crescer de forma sustentável.
* Júlio César Cardoso é Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
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