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Por Thiago Kistenmacher, publicado pelo Instituto Liberal

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A insanidade está sem freio! Eu já escrevi aqui sobre as bizarrices do carnivorismo, que acredita que o consumo de carne tem relação com o machismo. Já escrevi sobre o capacitismo, que vê preconceito até mesmo no ato de ajudar um deficiente físico. Agora escrevo sobre os ecosexuais. Parece piada, mas conforme apontam os seguidores dessa prática, existem cerca de 100.000 pessoas no mundo que se identificam abertamente como ecosexuais. Mas o que seria isso?

De acordo com o site Vice, que publicou uma matéria sobre o assunto intitulada Ecosexuals Believe Having Sex with the Earth Could Save It [Ecosexuais acreditam que fazer sexo com a Terra poderia salvá-la], para os adeptos desta prática ou “identidade” como dizem, seria possível fazer sexo com a Terra.

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Isso inclusive já é objeto de estudo nas universidades dos Estados Unidos. Segundo o site, que entrevistou Jennifer Reed, estudante de sociologia pela Universidade de Nevada, em Las Vegas e que está escrevendo uma dissertação sobre a ecosexualidade, o número de pessoas que se identificam como ecosexuais tem crescido nos últimos dois anos. Além disso, o mesmo site informa que os dados de pesquisa do Google confirmam isso ao mostrarem que as buscas pelo termo aumentaram muito. Eu mesmo fiz buscas em inglês e português e confirmei: existe muito material sobre o assunto.

Não duvido que logo nossas universidades estejam elaborando workshops para a divulgação da prática e que doutores orientem pesquisas sobre o tema – tudo com dinheiro público, claro. O resultado? Aecosexualidade será concebida como normal, apenas como mais uma identidade sexual dentre as dezenas que já foram criadas pelos delírios da esquerda. Quem for contra, evidente, será identificado como preconceituoso.

Mas fica a pergunta: se eles podem se relacionar sexualmente com a Terra, como chegarão ao orgasmo? Uma defensora da causa responde. Amanda Morgan, que é membro da UNLV School of Community Health Sciences, diz que as pessoas rolam na sujeira tendo um orgasmo coberto de potting soil, que é aquela terra utilizada em vasos. Morgan também afirma que “existem pessoas que fazem sexo com árvores ou se masturbam sob uma cascata.” Mas quem garante que a árvore está disposta a fazer sexo com o ecosexual? Isso não seria estupro? Ridículo, tudo muito ridículo, eu sei!

Duas grandes representantes do movimento ecosexual, que inclusive escreveram o Manifesto Ecosexual, é o casal Annie Sprinkle e Elizabeth Stephens. Elas chegaram a produzir um documentário demonstrando a relação amorosa delas com os Montes Apalaches. Isso é ou não é loucura? Sinto ter que trazer tais bizarrices para você, leitor. Preferiria que isso tudo fosse piada, mas não é.

Além de relatar a relação do casal com os Montes Apalaches (Risadas!), enquanto viajam pelo país para exibir sua peça Dirty Sexecology: 25 Ways to Make Love to the Earth [Sexologia Suja: 25 Maneiras de Fazer Amor com a Terra], elas também oficializam cerimônias de casamentos onde elas mesmas e outros adeptos da ecosexualidade casam com a Terra, com a Lua e com outras entidades naturais! Juro que não estou brincando com você!

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Elas também dizem que a ecosexualidade é uma nova forma de identidade sexual e que na última San Francisco Pride Parade, que é a Parada Gay de São Francisco, estavam lutando para acrescentar a letra “E”, de ecosexual, na sigla LGBTQI. É realmente muita falta do que fazer. Como costuma dizer Luiz Felipe Pondé, se acabasse o conforto do mundo contemporâneo, todas essas idiotices desapareceriam em poucos dias e essa gente teria que voltar para o mundo real.

Se o tema não foi estúpido o suficiente até agora, vale salientar a paranoia da escritora Stefanie Iris Weiss, que publicou o livro Eco-sex: Go Green Between the Sheets and Make Your Love Life Sustainable com a intenção de “ajudar as pessoas a fazerem suas vidas sexuais ‘mais neutras em carbono e sustentáveis’, e para nos ajudar a evitar a poluição dos nossos corpos quando temos relações sexuais.” Assim ela pretende combater o impacto ambiental causado pelo uso de materiais utilizados na fabricação de preservativos, lubrificantes e outros produtos. Não sei mais o que dizer. Fico pensando até onde esse pessoal vai chegar com tantas ideias estúpidas e que geralmente se convertem em seitas.

Amanda Morgan e Stefanie Weiss dizem que veem o sexo como uma ferramenta potencialmente forte para motivar as pessoas a tornarem o meio ambiente uma prioridade. A militância não se satisfez berrando slogans sobre o tal do aquecimento global. A loucura ambientalista não se contentou com os discursos inflamados contra o consumo de carne e a poluição dos rios. Elizabeth Stephens diz que seu objetivo é reconceitualizar a forma com que nós vemos a Terra, ou seja, ela afirma que devemos parar de ver o planeta como uma mãe para vê-lo como um amante. O que Freud diria disso?

Ambientalismo, relativismo, objetivo de salvar a sociedade, o mundo, sexualidade inventada com fundamentações delirantes. Tudo isso é fruto do mesmo marxismo cultural. Compreendo que a sexualidade seja complexa e não possa ser colocada numa caixinha como querem alguns moralistas, masecosexualidade é sair do mundo real para visitar a terra da loucura.

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Se o século XX é visto como o século das ditaduras, o século XXI será visto como o século no qual a estupidez humana atingiu seu apogeu!

É sério que alguém que não perdeu a razão possa ter prazer sexual rolando no barro ou fazendo sexo com uma árvore? Pergunto: eles dizem fazer sexo com a Terra. Mas a Terra consentiu? Como ter certeza? Será que não seria interessante tentar compreender também o prazer sexual que as árvores ou a Terra sentem? Onde seria o “ponto G” da árvore? Logo nascerá um movimento ambientalista dizendo que a Terra e as árvores estão sendo estupradas e acabarão entrando em conflito com os ecosexuais, o que é bem comum desse tipo de seita.

Mas é melhor parar por aqui antes que algum ecosexual me chame de ecosexofóbico!

Haja paciência para tanto absurdo!