O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) completa 50 anos de existência. Mereceu um artigo comemorativo do atual presidente da Caixa, Gilberto Occhi, hoje na Folha. Seu foco está nas obras que o fundo financia em vários municípios. É aquilo que se vê. O problema, como sempre, está naquilo que não se vê, ou seja, no custo de oportunidade. Quem paga a conta?
O FGTS tasca 8% do salário e rende abaixo da inflação. Ou seja: é confisco mesmo, não tem outra palavra. Mostrar aquilo que ele ajuda a financiar é analisar a coisa fechando um dos olhos, ignorando qual seria o destino dessa montanha bilionária se os recursos ficassem com os próprios trabalhadores. Eis a questão: o estado gasta melhor esse dinheiro? Por que o trabalhador não pode decidir?
Tenho alguns textos e vídeos mostrando como o FGTS é pura expropriação. Em homenagem a este meio século de vida, e como contraponto ao artigo que o enaltece, seguem alguns deles:
FGTS: EXPROPRIAÇÃO MARXISTA DO TRABALHADOR
FGTS: FUNÇÃO SOCIAL OU MAIS-VALIA ESTATAL?
FGTS É CONFISCO DUPLO!
Em resumo, defender esse troço chamado FGTS com base nas obras que ele garante é simplesmente absurdo, pois ignora tudo aquilo que ele retira à força dos trabalhadores, impondo um retorno bem abaixo da própria inflação. É o trabalhador quem deveria escolher qual destino dar a essa parte do seu salário, não o governo.
Rodrigo Constantino
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