Acabo de ver o programa “Arquivo N” da GloboNews sobre Cuba e Fidel Castro. O documentário tenta mostrar os “dois lados” da moeda. Como ponto positivo, não deixa de chamar o ditador de ditador. Parece pouco, mas quando lembramos de tantos que ainda o chamam de “presidente cubano” por aí, é um avanço.
Mas fica só nisso o lado bom. O programa peca pelo “neutralismo” covarde, aquele que precisa fingir isenção para poder fazer críticas. Fidel é retratado como um bem-intencionado revolucionário que desejava derrubar um regime tirano. Menos…
Tinha inclinações violentas dignas de um psicopata desde jovem, e nunca lutou pela liberdade ou democracia. Assim que teve a chance, deu um golpe dentro do golpe para se perpetuar no poder, encampou empresas americanas e fuzilou seus próprios camaradas dissidentes.
Mas isso até que o programa deixa no ar. O pior mesmo foi a repetição, por mais de uma vez, de que se errou na economia e nas liberdades civis, deixou um legado na educação e na saúde. Por que insistir nesse mito? É uma falácia!
A educação cubana não existe, e sim uma intensa doutrinação abjeta, em que o povo não pode sequer escolher o que ler. A saúde não é exemplo para o mundo coisa alguma. Faltam remédios básicos, os hospitais são decadentes, e não há avanços medicinais vindo de Cuba.
Fidel mesmo usa médicos espanhóis, comprovando que não confia nos cubanos. E exporta como escravos os de lá, para atuarem como “enfermeiros” em países coniventes como o Brasil do PT. Conquistas sociais na educação e na saúde? Quais?
O programa mostra, ainda, os discursos infindáveis de Fidel, que poderiam chegar a 7 horas de duração, e uma multidão correndo para assisti-lo, como se fosse um ato voluntário! Ora, aquela gente toda está ali forçada, porque tem de estar.
Por fim, o Fidel pai é exposto como alguém ausente, com depoimento de uma de suas filhas comprovando. Sua justificativa é a de que, como revolucionário, não tinha tempo para a família. Que fique claro o que significa ser socialista revolucionário: ama a Humanidade, o Povo, a Nação, todas essas abstrações, mas não liga para os próprios filhos de carne e osso. Atitude louvável?
Fidel Castro só é herói de quem perdeu faz tempo qualquer resquício de humanidade e decência. Nenhuma pessoa que presta pode enaltecer um assassino desses. O programa da GloboNews, tentando bancar o “neutralismo”, fracassa ao não deixar clara esta mensagem. Quem é neutro diante de um Hitler, um Stalin, um Mao ou um Fidel Castro, condena o bom e enaltece o mau.
Rodrigo Constantino
Quem é Hugo Motta, o mais novo “queridinho” à sucessão de Arthur Lira na Câmara
Com ataque aéreo, Israel mata chefe do Hamas no sul da Síria
Dívidas, calote, queda nas vendas: como o vício em bets virou ameaça à economia do país
SpaceX lança cápsula que trará astronautas que ficaram “presos” no espaço
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS