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Filha de Chávez é nomeada embaixadora por Maduro. Em Cuba? Não! Na ONU!
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Uma filha do ex-presidente Hugo Chávez foi designada embaixadora da Venezuela na ONU. María Gabriela Chávez, de 33 anos, vai “reforçar o trabalho” do atual embaixador na organização, Samuel Moncada, nas palavras do ministro de Relações Exteriores, Elías Jaua. O chanceler destacou que Gabriela foi encarregada da função “para que os povos da África, Ásia, Oriente Médio, América e todos os povos do mundo continuem escutando a voz profunda e fraterna do comandante”.

Segunda dos quatro filhos de Chávez, Gaby, como é chamada pelos governistas, vai ocupar seu primeiro cargo público, apesar de ser a filha do coronel mais presente nos meios de comunicação, com frequentes participações em atos de governo. Sua irmã Rosa Virgínia, mulher do vice-presidente Jorge Arreaza, é responsável pela Missão Milagre, um dos muitos programas assistencialistas do governo que atende a pessoas com problemas de visão.

O anúncio da nomeação de Gaby foi feito durante um ato em apoio aos palestinos em Caracas, no qual o desgoverno venezuelano não perdeu a chance de voltar a atacar seu inimigo externo, os Estados Unidos, por meio do aliado Israel. 

Talvez Maduro queira apenas se livrar dos herdeiros de Chávez, para não sofrer ameaça de golpe dentro do golpe, pois sabemos como seus familiares continuam gozando de privilégios e circulando perto do poder.

Socialismo – do século 20 ou 21, tanto faz – é assim mesmo: na prática mais parece o feudalismo, e os descendentes do antigo senhor feudal querem seu quinhão no butim. Não abandonam o osso docilmente, pois adquirem forte apego ao luxo e ao poder.

Mas não deixa de ser irônica a escolha do destino. A filha de Chávez nem pensou em ir para Cuba? Talvez Coreia do Norte? Quem sabe Irã, país tão aliado do “papi”, quando o maluco Ahmadinejad comandava o circo? Ainda que fosse a Rússia! Mas não. Ela vai para Nova York, ser embaixadora na ONU. Vai gritar bravatas socialistas desfrutando daquilo que só o capitalismo pode oferecer: conforto material e liberdade de expressão.

Em Nunca antes na diplomacia…, Paulo Roberto de Almeida mostra como o Itamaraty sob o PT, especialmente sob Lula, virou uma máquina de reproduzir a ideologia do líder máximo, servindo justamente aos interesses dessa cúpula “socialista” e hipócrita.

Atacar o Ocidente, a hegemonia do “imperialismo estadunidense” passou a ser prioritário. Chegaram a sabotar deliberadamente o acordo que criaria a Alca. Diz o autor, que é diplomata, sobre isso:

À falta de resultados mais efetivos a partir da atuação desses grupos, a impressão que se tem é a de uma coordenação bizarra para tentar retirar legitimidade ao grupo de potências identificadas com o capitalismo ocidental, ou seja, uma agenda mais de tipo negativo do que positivo. 

Exatamente. Como disse Roberto Campos, “Os comunistas sempre souberam chacoalhar as árvores para apanhar no chão os frutos. O que não sabem é plantá-las…” O ódio é disseminado por essa gente o tempo todo. O que não sabem é construir.

Chávez morreu. Lula ficou milionário. E a filha de Chávez vai curtir as benesses do capitalismo, cuspindo nele com palavras de ordem para enganar os trouxas, os otários que aplaudem o bolivarianismo na América Latina, contribuindo para a disseminação da miséria e da escravidão.

Rodrigo Constantino

 

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