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Após mais de 3h de cerco, um sequestrador que manteve passageiros de um ônibus como reféns na Ponte Rio-Niterói foi morto por um atirador de elite doBope na manhã nesta terça-feira. Agentes da Polícia Militar e da Rodoviária Federal (PRF) cercaram o veículo, na pista sentido Rio, por volta de 6h30. Em entrevista ao Bom Dia Rio, o porta-voz da Polícia Militar, coronel Fliess, informou que o bandido portava uma arma de brinquedo .

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Reféns que estavam no ônibus afirmaram que o sequestrador teria dito que sofre de depressão. Por volta de 9h, o homem saiu do ônibus apontando uma arma para a cabeça de um refém, foram ouvidos disparos e policiais foram vistos comemorando. O sequestrador foi baleado e caiu na escada do ônibus.

– Essa é a polícia que queremos ver. Foi necessário o disparo do sniper para neutralizar o marginal e salvar as pessoas do ônibus. Ele está em óbito no local – afirmou Fliess.

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Por volta de 9h40, o governador Wilson Witzel pousou de helicóptero na Ponte Rio-Niterói. Ele deixou a aeronave comemorando, com um dos braços estendidos para o alto e foi saudado por pessoas que estavam no local. Entre eles, um policial do Bope, que abraçou o governador.

– Vou cumprimentar meus homens primeiro – disse o governador antes de falar com a imprensa.

A descida do helicóptero pelo governador Witzel foi algo um tanto esquisito, vibrando como se seu time de futebol tivesse feito um gol no adversário. Não era para tanto e, afinal, um ser humano morreu. Mas claro que o governador tinha motivos para estar contente com o desfecho: nenhum ferido, nenhuma vítima, todos os reféns salvos, só o marginal abatido.

Os psolistas dos “direitos humanos” vão focar na arma de brinquedo, pois o desejo, no fundo, é sempre defender bandidos e atacar a polícia. Mas não há como saber se a arma é verdadeira ou não antes, e a prioridade deve ser sempre a vida dos reféns, não de quem ameaça os outros.

A operação foi, portanto, um sucesso, e os atiradores inclusive aguardaram o melhor momento para os tiros, pois houve uma hora em que o sequestrador colocou parte do corpo para fora do ônibus, mas havia gente atrás e seria arriscado atirar nele ali.

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A comparação com o sequestro do ônibus 174 na Gávea é inevitável, e vemos que houve progresso no Rio no que se refere ao tratamento dado aos bandidos. É importante que todos saibam das prováveis consequências num ato desses. Afinal, depressivo ou não, marginal escolhe cometer crime com base em custo e benefício também, um fator mais racional na decisão. Saber que as chances de acabar morto são grandes é um fator relevante para dissuadir potenciais marginais.

Parabéns aos envolvidos, que os reféns superem o trauma, e que potenciais bandidos entendam que o jogo mudou e que é chumbo mesmo se colocar a vida dos outros sob ameaça.

Rodrigo Constantino