A extrema direita reacionária fascista, ou seja, todo aquele que não é socialista, adora uma teoria da conspiração, como sabemos (ou como a mídia diz). Acha, vejam só!, que existe doutrinação ideológica marxista nas escolas e universidades. Acha, ainda, que há forte viés “progressista” na imprensa. E claro que nada disso é verdade…
Ops! Vai ver foi por isso que o Financial Times, que sequer é tido como jornal de esquerda, escolheu ninguém menos do que George Soros, o especulador bilionário e maior financiador de causas extremistas de esquerda, como “pessoa do ano”. Logo na abertura do texto, Soros se torna vítima: um ativista “liberal” que tem sido alvo de terríveis ataques. O sujeito que financia a Antifa e o Mídia Ninja!
Na reportagem Soros vira apenas um “filantropo” generoso, não um maquiavélico arquiteto do avanço dos socialistas e da destruição dos pilares da civilização ocidental, como ele de fato é. Enfraquecer os valores morais que sustentam a cultura ocidental tem sido uma meta obsessiva do bilionário esquerdista.
Mas, segundo o FT, Soros é atacado por “nacionalistas” e “populistas”, pois prega a globalização (em vez de o globalismo, como de fato faz). E atenção: o FT não esconde o motivo da escolha. Normalmente, diz o jornal inglês, a decisão é pelas conquistas da pessoa. Dessa vez é pelos valores que ela representa.
Isso mesmo: os “valores” de Soros, aqueles do PSOL, do casal picareta Clinton, dos baderneiros da Antifa e Black Lives Matter, são pelo visto os mesmos valores do FT. Soros, pela ótica deturpada do jornal, é um ícone de uma ordem “liberal” e de uma “sociedade aberta”. Só se for aberta à bagunça e às drogas!
E o real alvo logo aparece: Trump, claro. Soros luta contra a intolerância, o racismo e o autoritarismo, diz o texto, enquanto figuras como Putin e Trump (sim, ambos são colocados no mesmo saco podre) desafiam esses nobres valores. O que mais é preciso para ilustrar o evidente viés ideológico de praticamente toda mídia mainstream?
Rodrigo Constantino
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