Na lista de nomes que andou circulando como possíveis candidatos ao STF está Flavia Piovesan, secretária de Direitos Humanos do governo no que parece ter sido uma absurda concessão do presidente Michel Temer aos radicais de esquerda. Provavelmente Temer achou que a pasta não tinha muita relevância, focando basicamente na economia, e resolveu dar um afago nos socialistas. Mas se o nome de Piovesan já é inaceitável para qualquer ministério de governo, para o Supremo Tribunal seria uma verdadeira catástrofe!
Está circulando pelas redes sociais uma imagem dela com suas principais bandeiras, demonstrando como se trata de uma radical de esquerda:
Eu já falei dela num artigo em resposta a uma de suas colunas no GLOBO, em que atacava o projeto Escola Sem Partido. Diga uma típica bandeira da esquerda socialista e lá estará Flavia a defendendo, com uma forma moderada, mas conteúdo extremamente radical. Feminismo raivoso, aborto, defesa dos criminosos do MST, discurso que transforma marginais em vítimas da sociedade: temos o pacote completo!
Nessa entrevista ao El País o leitor pode ter uma noção melhor da coisa. Veja, por exemplo, quando é para discutir a adoção de uma lei antiterrorismo no Brasil, um dos poucos países sem definição clara quanto a isso:
O mundo vive essa agenda sombria, infelizmente. Quando se fala em terrorismo emergem dois assuntos: uma agenda restritiva de direitos e como garantir direitos em tempo de terror. O mundo hoje enfrenta a definição do terrorismo e ainda não há um tratado específico. Eu reputo que é possível enquadrar de acordo com o Estatuto de Roma, como um crime contra a humanidade. Esse é um tema onde se tem muito mais perguntas que respostas. Temos de estudar medidas preventivas, avançar em marcos conceituais evitando criminalizar movimentos sociais e evitar que medidas antiterroristas impliquem na derrogação de direitos. O primeiro ingrediente nessa questão é ter lucidez. É ser iluminado pela razão, não pela emoção.
Se o primeiro ingrediente é lucidez, ele claramente faltou à entrevistada. Se ela se acha iluminada pela razão, isso só mostra como é dominada pela emoção. No caso, pela ideologia de esquerda, que trata como “movimentos sociais” um grupo de invasores e criminosos disposto a agredir policiais, intimidar, destruir, até matar. Na mesma entrevista, ela diz:
Sou radicalmente contra a redução da maioridade penal. Creio que é necessária a total implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente. Ele precisa ser reavaliado sobre perspectiva crítica. Entender o que foi exitoso e o que não foi. Saber o que foi aplicado pelos operadores do direito. Acho que essa é uma pauta muito delicada e ser vista com muito cuidado.
Num país com 60 mil assassinatos por ano, com vários “galalaus” que matam por qualquer besteira e saem impunes depois, como alguém pode ser “radicalmente contra a redução da maioridade penal”? O Brasil tem uma das leis mais protetoras dos jovens marginais, um grande convite ao crime. Mas não fale em punir com mais rigor esses monstrinhos, que a representante dos “direitos humanos” (dos manos?) vai ficar revoltada!
Quando Piovesan foi escolhida para a secretaria, Bene Barbosa, do Movimento Viva Brasil, escreveu um duro texto a comparando com Maria do Rosário e mostrando o perigo da coisa:
A questão é que a ex-ministra tinha alma histriônica, seus bate-bocas, sua falta de intelectualidade, o fato de ter recebido doação de uma fabricante de armas para sua campanha, entre outras coisas mais, a transformaram em um espantalho. Acabou não sendo levada a sério nem mesmo por quem compartilhava de sua ideologia. Em suas últimas semanas de mandado, teria a própria Dilma dito “Cale sua boca. Você não entende disso. Só fala besteira”. Virou uma fonte inesgotável de “memes” nas redes sociais.
Flávia Piovesan é ideologicamente idêntica à Maria do Rosário, mas as semelhanças param aqui. Tida como referência mundial no que a esquerda padronizou como sendo “direitos humanos”, suas teses globalistas foram adotadas em vários tratados da União Europeia. De acordo com um amigo italiano, essas mesmas teses, foram consideradas radicais até mesmo pelo partido de extrema-esquerda Rifondazione Comunista, uma espécie de PSOL da Itália.
Assim que seu nome foi anunciado, pipocaram e-mails e mensagens. Todas alarmantes. Depois de sua entrevista para Rádio CBN, com a duração de apenas oito minutos, tudo foi confirmado pelas palavras da própria Secretária. Vai lutar contra o Estatuto da Família, em favor das políticas afirmativas, contra a aprovação do PL 3722 que chamou de retrocesso, afirmou que vai perseguir a punição dos “indiciados” pela Comissão da Verdade, afirmou que Jair Bolsonaro quebrou o decoro parlamentar por citar o coronel Ustra e, portanto, merece ser cassado. É a Maria do Rosário na versão “com mestrado”!
No perfil da Rádio CBN, deixei o seguinte comentário, que acredito ser um bom resumo de tudo isso: “Flávia Piovesan não é mais do mesmo… É muito pior. É uma espécie de Maria do Rosário com mestrado, com incontestável capacidade intelectual. Suas teses contra a liberdade de autodefesa, em favor do aborto e sua luta de vida para gerir o mundo sob a égide de uma lei universal criada sua imagem e semelhança, são tudo, são qualquer coisa, menos direitos e muito menos ainda humanos.”
Se estes são os tais direitos humanos, por favor, me tratem como bicho.
Certeiro no alvo! Perfis como o de Flavia Piovesan são mais perigosos do que os de gente como Maria do Rosário, pois o conteúdo radical é o mesmo, mas vem embalado por uma forma mais sutil e elaborada, com verniz falso de intelectualidade. A escolha de alguém assim para o STF – mais uma, diga-se! – já seria terrível, uma continuação do avermelhamento de nossa corte suprema. Temer se rebaixaria a um patamar de Lula e Dilma.
Agora, a escolha de alguém assim numa lista de potenciais candidatos que inclui um Ives Gandra Filho, aí já é demais da conta! Cheguei a escrever em meu Facebook:
Essa seria, sem dúvida, uma das piores escolhas para o STF. Já não era para estar nessa secretaria, que sequer deveria existir. Mas Temer resolveu fazer uma concessão à extrema-esquerda, talvez pensando que não há grandes estragos nessa área (ledo engano). Acompanho suas colunas no GLOBO há anos, sempre com profunda aversão. Se ela for a escolhida, quando se tem um Ives Gandra Filho como alternativa, é porque esse país não tem mais jeito mesmo…
E reitero meu alerta: se Temer escolher Flavia Piovesan para o STF, apague a luz o último que sair do país, pois será o fim.
Rodrigo Constantino
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