Após publicar essa notícia na minha timeline do Facebook, meus leitores, depois da gargalhada, passaram a especular o que tinha acontecido com Freixo. Alguns acham que ele pode ter fumado alguma erva estragada. Outros acham que ele desconhece sua própria coligação, “Mudar é possível”, que conta com um partido comunista e outro, o seu mesmo, socialista. No dia em que um Bolsonaro apoiar comunista é porque o mundo veio abaixo.
Para não deixar margem a dúvidas, o próprio Flavio gravou uma mensagem aos seus eleitores, cujo recado não poderia ser mais claro. Vejam:
O Rio está, agora, entre a cruz e a foice. Não é uma escolha tão difícil assim, ao menos não para quem conhece um pouco de história. Peguei na minha timeline uma sacada genial, que define a situação do carioca: “O segundo turno no Rio vai ser tenso. De um lado, o líder de uma seita religiosa fundamentalista e retrógrada que manipula a fé e a boa vontade de seus fiéis. Do outro, o Crivella.”
A sacada é muito boa pois os eleitores de Freixo se acham laicos, contra o “fanatismo religioso”, mas não percebem que são justamente os mais fanáticos, membros de uma seita religiosa, o socialismo, que faz lavagem cerebral até em crianças e não aceita “hereges”, trata qualquer divergência como coisa de “inimigo mortal”, de gente má que só pode desejar o pior para os mais pobres. Explora a ignorância e a miséria alheias como ninguém, mais até do que a tal igreja evangélica…
De outro leitor, com grande poder de síntese: “No Rio agora é Crivella ou Venezuela”. Freixo é socialista, seu partido é o PT renovado, apoia o governo venezuelano, defende sempre os bandidos e ataca a polícia, não respeita de fato a democracia, tem até terrorista entre seus fundadores. Só quem é muito alienado e desconhece isso tudo pode votar em Freixo, confundindo-o com personagem de filme de ficção.
O PSOL mostrou sua cara durante o impeachment de Dilma: era claramente a linha-auxiliar do PT. É preciso ser muito idiota para acreditar que o PSOL é diferente do PT em sua essência, que “agora vai”, mais uma tentativa socialista para provar que é possível ter “justiça social” com tais métodos. Votar no PSOL é a prova de que a burrice insistente vence a experiência. É coisa estúpida mesmo, de quem nunca aprende com os erros.
Eu tenho, confesso, um misto de raiva e nojo dos eleitores de Freixo. Tenho nojo porque são burros arrogantes, uma combinação explosiva que define a estupidez. Eles se acham superiores, os mais nobres e abnegados seres que já pisaram na Terra, os defensores dos pobres e oprimidos, e tudo isso porque votam num socialista que fala em nome dos pobres, enquanto na prática defende bandidos e um modelo estatizante que prejudica os mais pobres (vide o PT).
A raiva fica por conta do efeito que essa estupidez tem sobre os demais, os inocentes, justamente os mais pobres com quem eles fingem se importar. Basta olhar para a Venezuela e ver o que o socialismo fez, uma vez mais, com os mais pobres, com todos. Defender isso para o Brasil – e não se engane, votar no PSOL é defender isso – é coisa de gente muito imbecil mesmo, ou muito canalha. Achar que um eleitor de Bolsonaro, que repudia tudo isso, poderia votar em Freixo é realmente o cúmulo do absurdo!
Rodrigo Constantino