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Folha de SP inverte tudo e elogia estratégia de ditador norte-coreano, não de Trump
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É um espanto! Mas um “espanto” que sempre esperamos, vindo de onde vem. Igor Gielow, jornalista da Folha de SP, publicou um texto hoje em que afirma que se o ditador comunista norte-coreano aceitar conversar com o governo americano para um eventual acordo, isso representa uma vitória estratégica… da Coreia do Norte! Isso mesmo, vejam:

Se tudo não acabar em uma grande farsa, um encontro entreDonald Trump e Kim Jong-un será uma vitória estratégica do ditador norte-coreano.

Obviamente Trump poderá dizer que dobrou Kim com sua retórica belicista exercida ao extremo ao longo de 2017, quando ameaçou ir às vias de fato com a ditadura comunista asiática.

Mas o fato é que, caso seja confirmado o encontro entre os dois líderes, como anunciaram os sul-coreanos nesta quinta (8), os EUA terão passado o recibo definitivo à estratégia engendrada por Kim.

A lógica da dinastia da família Kim, à frente da Coreia do Norte desde o armistício da guerra com o Sul em 1953, sempre foi da autopreservação.

[…]

Se realmente aceitar Kim numa negociação, que teoricamente teria de ocorrer na China para agradar a todos, Trump está dizendo ao mundo que aceita os termos do ditador e que o considera um déspota respeitável.

Ora, ora! Que Kim quer sobreviver no poder custe o que custar, isso é o óbvio do óbvio. Que ameaça e blefa para isso, idem. Que entrar numa guerra nuclear para derruba-lo do poder é algo bem improvável, também sabemos.

Logo, a questão básica é perguntar: o gordinho atômico estará numa situação melhor ou pior do que antes, do que quando Trump não era presidente e não havia intensificado as sanções e a retórica no jogo de pôquer entre ambos? Estava melhor com Obama, ou agora com Trump?

Se ele tiver mesmo que ceder em pontos importantes – e Trump não é Obama e não aceitaria um “acordo” como o iraniano, de pai para filho – então parece evidente que houve PROGRESSO na questão da Coreia, e que o mundo ficou um pouco mais seguro, se os termos para um acordo forem encontrados. Trump tuitou hoje nesse sentido:

E isso tudo, claro, graças ao tom mais duro do novo governo americano – o mesmo tom que os mesmos jornalistas, antes, diziam que seria responsável pela Terceira Guerra Mundial, desta vez nuclear. Antes Trump era um maluco irresponsável; agora ele é apenas um bobão, uma marionete sob o controle do brilhante estrategista Kim Jong-un. Seria cômico, não fosse tão vergonhoso!

Quem não conseguir enxergar que a tática de endurecimento de Trump, inclusive colocando muito mais pressão na China, pode ter funcionado, está cegado pela ideologia. Se a Coreia do Norte realmente recuar, Trump merecerá o Nobel da Paz, que não vai ganhar jamais, por motivos que já expliquei. Ao menos nem todos na própria Folha estão de olhos vendados. Um leitor, Paulo Costa, comentou:

Os fatos sugerem o contrário. Vitória, grande vitória de Trump. Em que pese a improbabilidade de recuo no programa belicista da Coréia petista do norte, desta feita este recuo na retórica seguido de recuo na negativa de negociar se da pela enorme pressão da América sobre a China e sobre as Coréias, sim por que o presidente esquerdista da Coréia do Sul queria capitulação incondicional. Trump não é do naipe de Clinton ou Obama semi cúmplices, adoradores do comunismo. 

Obama era o banana que não acreditava na excepcionalidade da América, queria ser “amigo” de todos, ganhou o Nobel da Paz antes de governar, e conseguiu aproximar os Estados Unidos apenas do Irã e de Cuba, afastando-se de aliados tradicionais como Israel. Trump chegou endurecendo o discurso, as sanções econômicas, e com o foco de fazer a América grande novamente.

A imprensa morria de amores por Obama, e odeia Trump. Obama era um pacifista incrível, Trump é, como Reagan antes dele foi, um cowboy imbecil, beligerante e perigoso. Mas Trump começa a colher frutos, a mostrar resultados, coisa que Obama nunca conseguiu fazer. Claro: quando o xerife do mundo é frouxo, os inimigos da liberdade ficam mais ousados. Elementar, meu caro Watson…

Rodrigo Constantino

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