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Um alegre senador sorri ao lado de um líder muçulmano. Até aí, nada demais. Só que o senador, no caso, era Barack Hussein Obama, que tinha pretensões bem ambiciosas em sua carreira política, mirando na Casa Branca. E o líder muçulmano era Louis Farrakhan, da Nação do Islã, um grupo ultra-radical acusado de defender a “supremacia negra” e destilar antissemitismo, a ponto de estar presente na lista do Southern Poverty Law Center como um “grupo de ódio”.

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A imagem, então, ficou escondida por 13 anos, pois poderia prejudicar o projeto político de Obama. Ela só foi revelada nesta terça. O jornalista que bateu a foto no encontro do Congressional Black Caucus de 2005, Askia Muhammad, disse que desistiu de publicar a imagem na época e basicamente prometeu segredo, pois tinha preocupação com seu impacto na vida política de Obama. A foto “poderia fazer a diferença”, alegou. Assim que tirou a foto, percebeu do que se tratava e entrou em pânico.

Isso é jornalismo? O caso, que se tomado de forma isolada pode nem parecer tão grave, é apenas mais um na enorme sequência no caso de amor entre a mídia e o democrata, o “primeiro presidente negro americano”. O leitor, muito provavelmente, nada sabe da vida pregressa de Obama, pois a única versão que passou foi aquela filtrada por ele próprio. Seu passado de agitador radical em Chicago, de marxista no Havaí, de pupilo dos gurus mais extremistas que pregavam a revolução, tudo isso foi colocado debaixo do tapete.

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A imprensa, que tem o papel de investigar, de escrutinar a vida dos políticos, e que faz isso com tanto afinco quando se trata de Donald Trump, simplesmente resolveu hibernar quando o alvo era Obama. A torcida falou mais alto do que o jornalismo. O melindre diante da “marcha das minorias oprimidas” impediu qualquer postura imparcial. O medo de ser acusada de racismo calou boa parte da mídia. O viés ideológico, sintonizado com o “progressista” radical, contribuiu.

E o resultado foi um público que teve seu direito de informação usurpado. À exceção da Fox News, os demais canais optaram por um silêncio cúmplice e participaram do revisionismo histórico que pintava um Obama bem diferente do real. Saul Alinsky, Frank Marshall Davis e tantos outros extremistas que influenciaram bastante o ex-presidente permaneceram como ilustres desconhecidos do grande público.

Enquanto uma conversa de vestiário de uma década atrás do Trump foi exposta repetidas vezes durante a campanha, para retratá-lo como um machista desrespeitoso com mulheres, informações absolutamente cruciais sobre a formação intelectual de Obama eram ocultadas, para que o “moderado” criado pelos marqueteiros pudesse vingar.

Se o Brasil viu o “Lulinha Paz e Amor” como obra de ficção criada por Duda Mendonça, os americanos tiveram o Obama simpático e moderado, que não batia com o agitador radical que admirava os mais extremistas dos revolucionários. Obama não é mais o presidente, mas continua ativo como militante, inclusive quebrando um protocolo tradicional dos ex-presidentes. Daí a importância dessa notícia. Expõe como a mídia mainstream virou a maior fábrica de “fake news”, apesar de apontar para as redes sociais como bode expiatório.

Por fim, conhecer o “passado” de Obama também é fundamental para entender várias de suas decisões, principalmente geopolíticas, como o acordo estranho e camarada com o regime iraniano. Obama era e sempre foi simpático aos líderes radicais muçulmanos. Acho que os americanos estão em situação melhor com alguém que coloca a América de fato em primeiro plano…

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Rodrigo Constantino