Se comunista tem uma marca registrada, esta é a cara de pau de mudar o discurso de acordo com o público. Marcelo Freixo, candidato a prefeito do Rio pelo PSOL, concedeu entrevista ao GLOBO, e sabe muito bem que o público médio do jornal é mais moderado, não vai simpatizar tanto com seu típico discurso socialista contra a polícia e o setor privado. Logo, dourou a pílula, disse que “seria absurdo demonizar o setor privado” (o que seu partido faz sempre), e negou ser a favor da violência, de qualquer lado:
O senhor costuma condenar atos de violência nas manifestações, mas raramente se refere aos Black Blocs…
Vou ser muito claro: sou contra qualquer forma de violência. Em 2013, a violência policial foi muito grande, completamente desproporcional. Sempre me posicionei contra essa violência, e nunca concordei contra qualquer reação violenta. Com a violência como resposta, como método ou como instrumento da luta política, nunca concordei. Seja o grupo que for. Não tenho história de violência. Tem adversário meu conhecido por ser violento, não eu.
Mas alguém acredita nisso? Freixo é ligado aos black blocs, grupo de vândalos que sempre apela para a violência. Ele nunca condena os marginais mascarados, nem mesmo com a desculpa de criticar apenas seus “excessos”. Seus ataques se concentram na polícia mesmo, que parece ser a culpada pela criminalidade no país. Freixo trata bandidos como “vítimas da sociedade”, enquanto justifica os atos bárbaros dos mascarados.
Lembram da tal Sininho, líder dos black blocs? Lembram dos “garotos espinhentos” (segundo Gregorio Duvivier) que mataram o cinegrafista Santiago Andrade? Pois então. Vamos refrescar um pouco a memória dos leitores desavisados e com amnésia:
O estagiário do advogado que defende Fábio Raposo, que admitiu ter passado o rojão ao homem que acendeu o artefato que atingiu o cinegrafista da TV Bandeirantes, declarou à polícia que recebeu ligações da ativista Elisa Quadros, conhecida como Sininho, e que esta teria dito que o suspeito que acendeu o rojão era ligado ao deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL).
Até mesmo o site Brasil247, simpático ao petismo, reconheceu que o patrocínio do PSOL aos black blocs afundou Marcelo Freixo nas eleições passadas:
O PSOL está em apuros. Acumulam-se os indícios e testemunhos de que o partido era o grande gerenciador dos Black Blocs em seus ataques a edifícios públicos, depredação de pontos comerciais e fechamento de grandes vias de tráfego no Rio de Janeiro.
Principal líder da agremiação na cidade, onde obteve 20% dos votos na última eleição para prefeito, o deputado Marcelo Freixo foi citado pelo preso Caio Silva de Souza como espécie de mentor intelectual, com quem realiza conversas, ao lado de outros integrantes da gang, sobre a situação política.
Vejam a tal Sininho comentando o caso, transferindo a culpa pela morte do cinegrafista para a Band, confessando a proximidade com Freixo e afirmando que vão continuar agindo, apesar de tudo:
Pois é. Se Freixo é tão pacífico como fiz, por que nunca veio a público repudiar tais declarações, afirmar categoricamente ser contrário aos métodos dos mascarados assassinos, negar a ajuda financeira e judicial que seu partido deu aos black blocs? Por que ele, ao invés disso, usar sempre seu espaço na mídia para condenar… a polícia? Por ser da paz? Mesmo?
Seu partido, o PSOL, foi fundado por um… terrorista! Não vamos esquecer disso: “O PSOL é realmente um partido encantador. Não por acaso, tem entre os seus fundadores o italiano Achile Lollo. Comprovadamente um terrorista. Comprovadamente um assassino. Jogou gasolina por baixo da porta da casa de um adversário político e meteu fogo. No imóvel, estavam um gari, sua mulher e seis filhos. Dois morreram queimados: Stefano, de 8 anos, e Virgilio, de 22. Tudo porque o socialista Lollo, que hoje mora no Rio, queria um mundo melhor, entenderam?”
O PSOL de Freixo defende o governo venezuelano, uma ditadura repressora contra o povo. O PSOL de Freixo defendeu outro terrorista, o italiano Cesare Battisti, responsável por pelo menos quatro assassinatos. Mas se for em nome da ideologia comunista, Freixo não vê problema algum, como podemos constatar. Freixo pela paz? Qual? Aquela existente na Venezuela?
Se o leitor do GLOBO quiser se sentir “descolado”, em sintonia com artistas como Caetano, e apoiar Marcelo Freixo, confundido-o com o herói de ficção de “Tropa de Elite 2”, tudo bem, é livre para fazê-lo. Mas saiba que estará apenas dando atestado de imbecilidade. Quem apoia Freixo está do lado dos marginais e contra a polícia, está do lado dos vândalos mascarados e contra a lei e a ordem, está do lado do estado socialista e contra os empresários. É simples assim.
Para quem ainda tem alguma dúvida, recomendo esse meu podcast gravado nas eleições passadas, e que continua totalmente válido, já que Freixo, desde então, não melhorou nada:
Rodrigo Constantino