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O funcionário do Comitê Democrata Nacional, que foi assassinado em 10 de julho em uma rua de Washington, DC, a poucos passos de sua casa, vazou milhares de e-mails internos para o WikiLeaks, fontes policiais disseram à Fox News.

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Um investigador federal que analisou um relatório forense do FBI – gerado dentro de 96 horas após o assassinato de Seth Rich, um funcionário do CDN – detalhando o conteúdo do computador de Rich disse que ele entrou em contato com WikiLeaks por meio de Gavin MacFadyen, agora falecido jornalista investigador americano, diretor do WikiLeaks que estava vivendo em Londres na época.

“Eu vi e li os e-mails entre Seth Rich e WikiLeaks”, disse o investigador federal à Fox News, confirmando a conexão com MacFadyen. Ele disse que os e-mails estão em posse do FBI, enquanto o caso paralisado está nas mãos do Departamento de Polícia de Washington.

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A revelação é consistente com as descobertas de Rod Wheeler, ex-detetive de homicídios de DC e colaborador da Fox News e cuja empresa de investigação privada foi contratada pela família de Rich para investigar o caso. Rich foi baleado por trás, mas não foi roubado.

“Minha investigação até este ponto mostra que houve algum grau de troca de e-mails entre Seth Rich e o WikiLeaks”, disse Wheeler. “Eu acredito que as respostas para quem assassinou Seth Rich estão em seu computador em uma prateleira na polícia de DC ou na sede do FBI.”

O investigador federal, que pediu anonimato, disse que 44.053 e-mails e 17.761 arquivos anexos entre os líderes do Comitê Nacional Democrata, que vão de janeiro de 2015 até o final de maio de 2016, foram transferidos de Rich para MacFadyen antes de 21 de maio.

Em 22 de julho, apenas 12 dias depois que Rich foi morto, o WikiLeaks publicou e-mails internos do CND que pareciam mostrar que altos funcionários do partido conspiraram para impedir o senador Bernie Sanders de Vermont de se tornar o candidato presidencial do partido.

Essa controvérsia resultou na renúncia de Debbie Wasserman Schultz como presidente do CND. Alguns partidários de Sanders recusaram-se a apoiar a candidata do partido Hillary Clinton, e alguns grupos foram formados para trabalhar contra Clinton e o partido.

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O líder do WikiLeaks, Julian Assange, não chegou a identificar Rich como a fonte dos e-mails, mas tem tido um grande interesse no caso e não negou trabalhar com Rich. “O WikiLeaks decidiu emitir uma recompensa de US$ 20 mil por informações que levem à condenação pelo assassinato do funcionário do CND Seth Rich”, anunciou a organização.

O Departamento de Polícia Metropolitano de Washington não tem suspeitos e não há pistas substanciais sobre quem pode ser o assassino, disseram fontes próximas à investigação. A Polícia Metropolitana, incluindo o chefe de polícia, se recusou a discutir o caso, apesar de pedidos da Fox News que já contam dez meses.

O escritório nacional do FBI recusou-se a comentar, mas fontes disseram que o departamento forneceu expertise cibernética para examinar o computador de Rich. Wheeler acredita que forças poderosas estejam impedindo as investigações do caso.

“Minha investigação mostra que alguém dentro do governo, do Comitê Nacional Democrata ou da equipe de Clinton está bloqueando a investigação de assassinato de ir em frente”, Wheeler disse à Fox News. “Isso é uma pena. O assassinato de Seth Rich não foi resolvido como resultado disso”.

A teoria de roubo, que a polícia tem perseguido por quase um ano, não tem se sustentado, Wheeler disse. Dois atacantes, que aparecem em uma fita de vídeo de uma câmera fora de um mercado, deram dois tiros em suas costas, mas não levaram sua carteira, telefone celular, chaves, relógio ou colar avaliado em uns $2 mil.

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A polícia deveria considerar todas as possibilidades, disse Wheeler, especialmente à luz das declarações de Assange a um repórter de televisão holandês que perguntou sobre Rich. “Estou sugerindo”, disse Assange ao repórter holandês, “que nossas fontes assumem riscos, e eles, eles se preocupam ao ver as coisas acontecerem assim”.

Diante de um potencial escândalo dessa natureza, fica até parecendo cortina de fumaça essa obsessão toda do Partido Democrata e da mídia mainstream com os supostos vazamentos do governo Trump aos russos, até mesmo porque a hipocrisia da reação fica evidente quando lembramos dos e-mails de Clinton.

Leandro Ruschel comentou sobre o caso: “Esse é o verdadeiro escândalo que a imprensa americana não quer tocar: um membro do Comitê do Partido Democrata foi assassinado após enviar milhares de emails para o Wikileaks. Enquanto isso, o Partido Democrata, que virou o PT dos EUA, insiste na tese da influência russa”.

Não podemos nos precipitar, pois não somos levianos como a esquerda. Mas que tudo isso soa muito estranho, isso soa. E que um caso de assassinato como esse deveria ser uma obsessão da grande imprensa, isso não resta dúvida. Mas essa imprensa, como sabemos, não faz mais jornalismo investigativo, preferindo a torcida partidária agora. Os leitores – e também a democracia – perdem com essa postura.

Rodrigo Constantino

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