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Futuros antropólogos ou apenas miquinhos amestrados?
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Circula pelas redes sociais um vídeo atribuído a uma apresentação de alunos de Antropologia da Unicamp que desperta no telespectador normal uma forte mistura de perplexidade com depressão. Dependendo do estado de espírito pode até suscitar gargalhadas, mas logo depois a depressão vence, quando lembramos que são esses os professores de amanhã dos nossos filhos. Vejam (não esquecer do Engov), volto depois:

A cara de séria da professora mostra que os rapazes terão algum futuro na carreira? Muito se fala – e eu mesmo sou um desses – que a guerra cultural em curso é um perigo, que desde Gramsci e a Escola de Frankfurt que a extrema-esquerda descobriu como destruir a civilização ocidental de dentro dela e sem uso de armas. Mas há uma explicação mais comezinha também para esse bizarro fenômeno.

Estudar dá trabalho. Ser um aluno aplicado, um professor dedicado, um antropólogo preparado, tudo isso exige muito esforço, tempo e foco. Muito mais fácil é trocar isso tudo por uma encenação patética de miquinhos amestrados, “fingir” ser um primata (e um fingimento bem convincente, convenhamos).

Não é qualquer um que vira um Claude Lévi-Strauss, um Clifford Geertz, um Franz Boas, ou um Roberto DaMatta no caso brasileiro. Eles tiveram que fazer muita pesquisa em campo, ler bastante, estudar de verdade. A turminha ali não precisa de nada disso. Basta imitar um chimpanzé que está tudo beleza. Até para fazer “O planeta dos macacos” é preciso estudo e conhecimento, mas para fazer esse show, nada é necessário, nenhum talento ou conhecimento específico.

O esquerdismo é uma doença mental muitas vezes, sem dúvida. Há intuito no relativismo moral e na avacalhação com a cultura, a educação e tudo mais. Mas não vamos descartar a pura preguiça dos vagabundos como uma das causas do esquerdismo. Quem não quer estudar, pode simplesmente bancar o primata, e vida que segue, pronto para o próximo bagulho…

PS: Justiça seja feita, essa apresentação tosca é bem menos ofensiva do que outras coisas que saem da Unicamp, como os economistas. Se os nacional-desenvolvimentistas da Unicamp passassem a vida toda só imitando miquinhos e primatas, o Brasil seria outro, bem mais próspero!

Rodrigo Constantino

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