Bene Barbosa, do Movimento Viva Brasil, pescou essa pérola na internet:
A Rede Globo, uma das empresas jornalísticas e de entretenimento mais empenhadas em defender e ampliar as restrições às armas de fogo, a mesma que financia ONGs desarmamentistas, que nunca se furta em afirmar que armas não são instrumentos eficazes para defesa, que não deixam de apoiar e divulgar campanhas de desarmamento onde os cidadãos são convencidos a entregarem suas armas para ficarem mais seguros, que usa suas novelas, atores e jornalistas na defesa do malfadado Estatuto do Desarmamento, oras vejam só que “surpresa”, usa até mesmo bombeiros militares armados para garantir a segurança de seus diretores e atores!
Abaixo segue trechos da notícia divulgada na página do escritório de advocacia Santos Pedro. É, definitivamente, isso a Globo não mostra!
“A Justiça do Trabalho reconheceu o vínculo empregatício de um bombeiro militar contratado pela Globo Comunicação e Participações S.A. para exercer a função de agente de segurança patrimonial. O processo chegou ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) por meio de recurso da emissora, mas a Terceira Turma negou provimento a seu agravo de instrumento.
O bombeiro declarou que, quando estava de folga na corporação, em média quatro dias na semana, trabalhava para a Globo, ARMADO, fazendo ESCOLTA de funcionários, ARTISTAS E DIRETORES recebendo salário mensal em espécie diretamente do coordenador de segurança da Globo, no Projac ou nas instalações da emissora no Jardim Botânico (RJ). Contou que não tinha carteira de trabalho assinada, não recebia férias nem 13º salário, trabalhava à paisana E QUE A ARMA QUE UTILIZAVA ERA DE SUA PROPRIEDADE.”
A íntegra dessa matéria e o processo podem ser acessados no link: http://santospedro.com.br/rede-globo-nao-consegue-afastar-vinculo-de-bombeiro-militar-contratado-como-seguranca/
Defender o desarmamento fica mais fácil quando é o dos outros, não é mesmo? Quando se pode bancar um exército particular de seguranças, muito bem armados, automaticamente soa mais tranquilo pregar o desarmamento dos cidadãos, disso tenho certeza. O grupo Globo não cansa de bater nessa tecla. É um editorial atrás do outro no jornal, uma reportagem atrás da outra, um programa atrás do outro na TV.
Nesta semana mesmo houve mais um ataque. Ironicamente, tinha uma notícia ontem sobre o confisco de fuzis no Rio, na casa das centenas. Ou seja, os bandidos estão fortemente armados, com fuzis, que já são ilegais para a compra, e essa turma toda fica insistindo no desarmamento dos civis inocentes. Faz sentido? Qual a lógica?
Novamente vamos de Bene Barbosa, que tocou na ferida, respondendo ao novo ataque do grupo:
O jornal O Globo já é velho conhecido nosso com sua defesa do desarmamento e hoje isso se repete em mais um editorial que, em tom de fim do mundo, fala sobre o crescimento dos homicídios em algumas grandes cidades americanas… Pois bem, lá vamos nós.
No dito panfleto travestido de jornalismo, afirmam que grandes cidades americanas apresentam um enorme crescimento nos homicídios e, claro, acusam a facilidade para posse e porte de armas como o causador disso, mas não explicam – pois explicação não há! – por qual motivo outras cidades de grande e pequeno porte, que possuem as mesmas leis para compra e porte de armas não tiveram aumento, muito pelo contrário tiveram redução em seus homicídios. Também não explicam como em um país que vende milhões de armas todos os anos, os índices gerais de homicídios estão diminuindo desde a década de 80. Outro ponto importante é o uso dos homicídios em números absolutos e não as taxas por 100 mil habitantes que seria o correto, a intenção é óbvia: causar choque… Vindo de um jornalista que mora em um país com rígido controle de armas e… taxa que ultrapassa os 30 homicídios por 100 mil habitantes – nada menos que 6 vezes maior que a americana – e perfazendo a inacreditável cifra de 60.000 homicídios por ano!
O último parágrafo é a expressão máxima do termo criado por George Orwell em seu imorrível 1984: o duplipensar. Trata-se da capacidade de ter na cachola duas ideias absolutamente antagônicas e conviver plenamente com ambas, um verdadeiro desafio a qualquer pensamento minimamente lógico. Vejam:
“No Brasil, onde o Estatuto do Desarmamento impõe restrições, a violência com armas de fogo tem índices de zonas de guerra. Por isso, é importante ficar vigilante às iniciativas da chamada “bancada da bala”, composta por parlamentares ligados à indústria de armas, que vêm tentando criar brechas na legislação”.
Ou seja, o jornalista que escreveu essa pérola afirma o fracasso do desarmamento no Brasil ao mesmo tempo que defende o desarmamento no Brasil! Seria até engraçado se isso não estivesse publicado no editorial de um dos maiores jornais do país.
Mas longe de mim ser um radical que não acredita na boa vontade dos desarmamentistas! Sim eu posso crer! E para isso acontecer é fácil: basta que todas as empresas das organizações Globo, bem como todos seus diretores, incluindo a família Marinho, e artistas pró-desarmamento como o casal Angélica e Luciano Huck abram mão do uso de seguranças particulares armados para se protegerem! Enquanto isso não acontecer vou continuar afirmando o óbvio: vocês não passam de um bando de hipócritas!
Ouch! Fui colaborador da “casa” por seis anos, tenho simpatia pessoal por um dos Marinho, que conheço melhor, e respeito as Organizações Globo em diversas áreas. Mas não posso me omitir nesse caso. Soa hipócrita sim a defesa do desarmamento quando se circula por aí repleto de seguranças armados. Assim até eu dispenso uma arma! Outro – ou vários outros – carregarão ela por mim, prontos para reagir se um marginal se aproximar e colocar minha vida ou propriedade em risco.
Nos Estados Unidos ocorre o mesmo fenômeno: é a esquerda “progressista” que luta pelo desarmamento. Mas só Donald Trump teve coragem de perguntar o óbvio: Hillary Clinton estaria disposta a abrir mão de seus inúmeros seguranças armados? Silêncio. Mudança de assunto. Assobios. Desmaio. Qualquer coisa, menos uma resposta objetiva. Porque ela não existe! Porque a hipocrisia é evidente demais!
Rodrigo Constantino