Para fechar o Orçamento de 2018, a equipe econômica trabalha com um pacote de aumento de impostos que deve atingir principalmente os contribuintes com renda mais alta. Se adotadas em conjunto, as medidas têm potencial para reforçar o caixa em, pelo menos, R$ 35,5 bilhões.
Entre as propostas em estudo está a criação de uma alíquota de 30% ou 35% de Imposto de Renda para quem ganha mais de R$ 20 mil mensais, o que poderia garantir até R$ 4 bilhões a mais para os cofres públicos. Já a tributação de lucros e dividendos poderia render ao menos R$ 15 bilhões em 2018. Com o fim da isenção do Imposto de Renda sobre as LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) e LCI (Letra de Crédito Imobiliário), serão injetados outros R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões na arrecadação. Uma revisão da tributação dos fundos de investimento imobiliário, que hoje são isentos da cobrança do Imposto de Renda sobre o ganho de capital, também está em análise. Além disso, investidores estrangeiros, que têm isenção para investir no mercado financeiro, podem perder essa vantagem.
O Ministério da Fazenda prepara um cardápio de propostas para apresentar ao presidente Michel Temer, que vai analisar a viabilidade política de encaminhá-las ao Congresso. Não significa que todas serão adotadas.
O governo não consegue cortar na própria carne e quer avançar com o leão para cima dos trabalhadores novamente? Não podemos aceitar! Essa é a saída mais fácil, e também a pior. É coisa de economista “cabeça de planilha”, que olha a equação, avalia a queda da receita e a dificuldade em cortar despesas do ponto de vista político, e recomenda sempre a mesma coisa: mais impostos.
Quem argumenta que são impostos sobre os mais ricos demonstra não entender nada de economia. A conta sempre recai sobre a população, os trabalhadores. Quando se pune os empresários, os mais ricos, os que produzem riqueza, está-se punindo principalmente os empregados, os trabalhadores, o povo. E tudo isso para quê? Para proteger os privilégios da classe política e dos servidores públicos.
Estão brincando com fogo. Chegará o momento em que a população realmente cansará de tanta exploração, tanto descaso e maltrato. A única alternativa aceitável é cortar gastos! Não dá para fazer isso sem as reformas? Ótimo! Vamos ter que aprovar as reformas. Para valer! Colocando os funcionários públicos no epicentro dos cortes.
Sequer falar em mais impostos num país como o Brasil é uma indecência, uma imoralidade, uma afronta ao povo trabalhador. Chega! A gente não aguenta mais pagar o pato por todos os privilégios de vocês! Pelo fim dos privilégios do setor público, e não aos impostos para pagar por eles!
Rodrigo Constantino
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