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O governo federal prepara para os próximos meses mudanças na Agência Nacional de Cinema (Ancine), numa tentativa de derrubar um dos últimos bunkers que ainda restam da gestão Dilma Rousseff. A agência é comandada há mais de dez anos pelo PCdoB, mas como os mandatos de dois diretores, incluindo o presidente, vencem até maio, o governo Temer passará finalmente a ter o controle das políticas públicas para a área de audiovisual.

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O atual presidente, Manoel Rangel, é do comando central do PCdoB e fez pronunciamentos públicos durante o processo de impeachment, contra o que qualificava como “golpe”, participando inclusive de eventos públicos. O mandato dele vence em maio. Rosana Alcântara, que deixará a função em fevereiro, também é ligada ao mesmo partido.

Em uma tentativa de manter o controle da agência, o PCdoB chegou a pedir apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), para que Rosana continuasse no cargo, como revelou o colunista Ancelmo Gois. O lobby não deu resultado e as trocas ocorrerão.

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O ministro da Cultura, Roberto Freire, responsável por escolher os novos dirigentes, adota um tom polido e evita falar em mudança radical.

— É necessária a renovação. Não é necessariamente uma mudança de rumo. Tem algumas correções a serem feitas, uma necessidade de renovar os atores da condução da política da Ancine. É um pouco do que estamos fazendo no ministério, sem nenhuma grande ruptura — disse.

Uma boa notícia a troca, sem dúvida. PCdoB é realmente de lascar! Mas… é muito cedo para comemorar. O ministro é o esquerdista Roberto Freire, que já declarou que não haverá “mudança radical”. E é justamente disso que a Ancine precisa: de uma mudança radical. Bem radical.

Os feudos comunistas mostram bem como nossa extrema-esquerda segue à risca o manual de Gramsci. Lenin e o confronto direto é coisa do passado, ou melhor, é algo que a esquerda também usa, por meio do MST, MTST, black blocs e companhia, mas apenas para gerar o clima de desordem necessário para seu avanço. A “inteligência” mesmo está na ocupação das instituições, principalmente de educação e cultura.

Os liberais e conservadores sempre pecaram por considerar esses setores menos relevantes e, com isso, deixaram o espaço todo aberto para os comunistas. Eis aí o resultado: em vez de educação, temos doutrinação ideológica inspirada no comunista Paulo Freire, e filmes enaltecendo comunistas com verbas públicas.

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Tirar o PCdoB do comando e acabar com um dos últimos “bunkers” petistas é importante, claro. Temer tem feito um bom trabalho de desinfetar a máquina estatal dos ratos vermelhos. Mas é preciso muito mais! É preciso eliminar esses instrumentos usados pelos filhotes de Gramsci para disseminar o socialismo e subverter os valores tradicionais. A guerra, acima de tudo, é cultural.

Rodrigo Constantino