Por Adolfo Sachsida, publicado pelo Instituto Liberal
Inaceitável, para dizer o mínimo, o fato ocorrido essa semana na Faculdade de Direito da USP. O coletivo Contraponto (que tem membros ligados à juventude do PT) que faz parte do Centro Acadêmico de Direito da USP literalmente fichou estudantes de direito da Faculdade.
Mas o que já era ruim virou péssimo. Eu entendo, apesar de discordar, um “coletivo” de esquerda, com membros ligados ao PT, fazer uma busca por potenciais esquerdistas para se juntarem futuramente a seus quadros. Esse procedimento é pra lá de absurdo, uma vez que os estudantes sequer sabem que estão sendo avaliados, e fica pior ao descobrirmos que esse coletivo adora falar em favor da inclusão e do respeito a opiniões divergentes. Ao fazer tal lista, o coletivo deixou claro que exclui a priori alguns alunos. Nem todos são bons o bastante para serem convidados.
O que era ruim ficou péssimo quando descubro que entre as classificações adotadas estava o termo “judeu”. Eu sou capaz de entender (apesar de achar repugnante e discordar totalmente desse procedimento) um coletivo de esquerda, com integrantes ligados ao PT, não quererem conversa com um “liberal de m*” ou um “bolsominion“. Contudo, sou incapaz de aceitar a repulsa demonstrada contra “judeus“. Desde quando o termo “judeu” exclui alguém de participar de algum grupo de esquerda? Existem vários judeus de esquerda, entre eles Karl Marx.
Ao usar o termo “judeu” os elaboradores dessa lista deixaram claro todo seu antissemitismo, toda sua aversão a judeus. Isso é inadmissível. Os elaboradores da lista excluem judeus apenas por serem judeus, não há como argumentar que judeus não podem ser de esquerda. Em outras palavras, eles discriminam judeus. Tenho uma palavra para eles: CANALHAS!
Estou aguardando que providências a reitoria da USP irá tomar contra esse ato fascista.
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