Hillary Clinton volta a falar da eleição, apenas para bancar a vítima e alimentar teorias conspiratórias

Hillary Clinton concedeu nova entrevista na qual banca a vítima do começo ao fim, ligando uma metralhadora giratória para acusar todo mundo, menos ela própria. Disse que não fez uma campanha “perfeita”, mas da mesma forma que desconhece quem a tenha feito no passado. E logo depois passou a acusar todos, dos russos ao próprio Partido Democrata.

A ex-candidata concluiu que os russos interferiram nas eleições americanas, mas que não poderiam ter feito isso sem a ajuda de alguém na América. Ela fez as acusações durante as perguntas e respostas após um discurso na conferência de tecnologia CodeCon, nesta quarta-feira.

“Eu suponho que muitas pessoas aqui”, ela disse, “e se você não fez, eu espero que você faça, leram o relatório da comunidade de inteligência que surgiu no começo de janeiro”. “Dezessete agências, todas em acordo”, ela explicou, “o que sei da minha experiência como senadora e secretária de Estado que é difícil de conseguir – concluíram com grande confiança que os russos realizaram uma extensa campanha de guerra de informação contra minha campanha para influenciar os eleitores nas eleições”.

“Eles fizeram isso através de publicidade paga, pensamos”, ela continuou, “eles fizeram isso através de falsos sites de notícias, eles fizeram isso através desses mil agentes, eles fizeram isso através de ‘robôs automáticos’ que, você sabe, ficam lançando essas coisas o tempo todo, os algoritmos que eles desenvolveram”.

“Agora, então essa foi a conclusão”, disse Clinton. “E eu acho que é justo perguntar, como isso realmente influenciou a campanha e como eles souberam quais mensagens enviar? Quem disse a eles? Com quem eles estavam se coordenando, ou em conluio?”

“Porque os russos historicamente nas últimas duas décadas”, acrescentou, “e, cada vez mais, você sabe, estão lançando ataques cibernéticos e estão roubando grandes quantidades de informações e muita informação que roubaram, utilizaram para fins internos para afetar os mercados, afetar os serviços de inteligência, e assim por diante”.

“Então, os russos, na minha opinião e com base na informação de agentes com quem converso”, concluiu, “não podiam ter sabido a melhor forma de armar essa informação a menos que tivessem sido guiados”. Guiados por americanos?, perguntou o entrevistador. “Guiados por americanos”, ela concordou.

Além dos russos em conluio com americanos supostamente ligados a Trump, Clinton culpou ainda a “misoginia”, alegando que muitos eleitores não estavam prontos para uma presidente mulher, desqualificou o escândalo dos e-mails “top secret” vazados, apontou o dedo para a CNN, para o diretor do FBI, e também mirou em seu próprio partido, indiretamente culpando Obama ao falar da falta de recursos e das informações equivocadas do Centro Nacional Democrata.

Em suma, Hillary fez aquilo que a esquerda faz melhor: bancou a vítima. Todos são culpados por sua derrota, menos ela, talvez a pior candidata democrata dos últimos tempos, uma pessoa que todos enxergam como falsa, mentirosa, ambiciosa ao extremo, corrupta. Melhor colocar a culpa nos russos mesmo, pois a verdade machuca…

Rodrigo Constantino