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Por Sérgio Alves de Oliveira, publicado pelo Instituto Liberal

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O que aconteceria se “também” tivessem hackeado e publicado as conversas telefônicas da “gang” de criminosos e seus comparsas, perseguidos, investigados ou condenados pela Operação Lava Jato?

Com certeza, a “moral” que estão pregando os ferozes opositores da Operação Lava-Jato, com a divulgação sistemática de gravações clandestinas de ligações telefônicas, obtidas ilicitamente, atribuídas ao então Juiz Sérgio Moro e ao Procurador Deltan Dallagnol, certamente com muitas “adaptações” forjadas, já teria força suficiente para demonstrar, além dos outros “méritos”, o tamanho descomunal da sandice acampada na mente dessa “cambada” de criminosos que procuram por todos os meios escapar da ação da Justiça, por meio desses expedientes ilícitos de inversão de valores.

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Para começo de conversa, todas essas  pretensas “provas” que os criminosos gravaram são absolutamente unilaterais e imprestáveis, desprovidas de  autenticidade. Gravaram e divulgaram pelo site “The Intercept”, do jornalista “gringo” Gleen Greenwald, somente conversações dos seus “inimigos”, em trechos convenientemente “selecionados”, talvez com “adaptações”, como se fossem essas as únicas conversas telefônicas a respeito do assunto, e que “eles” próprios seriam os “santinhos” nessa história toda, e que nunca teriam falado nada ao telefone sobre questões “impublicáveis” da Lava Jato.

E nessa história toda, certamente tem gente muito importante envolvida, não só de políticos e autoridades públicas, mas certamente também das mais altas autoridades do próprio Poder Judiciário, que depois dessas gravações ilícitas, cinicamente, e com a maior “cara-de-pau”, passam a censurar os “desvios de conduta” de juízes e procuradores  na Lava-Jato, como se jamais tivessem feito o mesmo, provavelmente a favor do “lado contrário”.

Como bom exemplo, serve a fotografia descontraída recentemente tirada numa confraternização, onde aparece o Ministro Presidente do STF  tomando cachaça na companhia de um dos advogados mais ativos na defesa de réus muito ricos (???) da Operação Lava-Jato.

Em resumo, posso garantir-lhes que o norte do pensamento desses partidários da “Lava Jato Não” é a concepção de que “SÓ EXISTE AQUILO QUE SE ENXERGA; O QUE NÃO SE ENXERGA, NÃO EXISTE”.

Talvez estivesse aí uma boa sugestão de “mote” para uma nova “escola filosófica”, forjada no esgoto da política brasileira.

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Sobre o autor: Sérgio Alves de Oliveira é Advogado e Sociólogo.