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Qualquer pessoa minimamente atenta já percebeu que a marca registrada da esquerda é a mentira. Um típico esquerdista é capaz de dizer uma coisa e seu oposto no mesmo momento, dependendo do público. Também são mestres em dizer uma coisa hoje e outra amanhã, exatamente ao contrário, de acordo com a ocasião. Jamais esperem coerência de um esquerdista, pois nesse caso ele deixaria de ser de esquerda.

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Acha que exagero? Então vejam esse caso de Michael Moore, um ícone da esquerda caviar americana, devidamente dissecado e massacrado em meu livro homônimo. O autor de vários “documentários” que são tudo, menos documentários, era simpatizante de Bernie Sanders, o socialista que passou sua lua de mel na União Soviética (mas não ousem falar que o Partido Democrata virou radical de esquerda). Olhem só o que ele pensava de Hillary antes, quando ela disputava a vaga com o comuna, e hoje, após votar:

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Ou seja, a escolha nas primárias era clara: Hillary significava a guerra, enquanto Bernie era o pacifista. Mas como quando não tem tu, vai tu mesmo, Michael Moore celebrou seu voto na democrata. O motivo? Ora, ela agora representa a compaixão, a gentileza, contra a ganância. Hillary, pacifista e contra os gananciosos! Hillary Clinton, da fundação que amealhou centenas de milhões de dólares abusando da simbiose entre poder e negócios.

A cara de pau dessa gente é impressionante. O sujeito sequer se sente envergonhado por tamanha reviravolta. Afinal, essa turma é marxista nos métodos, e essa coisa de coerência ou verdade é valor de pequeno-burguês. Para um legítimo esquerdista, só o que importa é o resultado final, o poder, a vitória. A mentira é encarada por ele como um instrumento totalmente legítimo nessa busca. Ética é coisa de otário.

É por isso que Hillary pode ser ao mesmo tempo uma defensora dos interesses militares e uma pacifista, uma representante do sistema que é um desastre e um símbolo de mudança e gentileza contra a ambição terrível dos outros (a ambição da esquerda milionária é tolerável, pois pela “causa”). Não tem jeito: ser de esquerda, depois de tudo isso, é mesmo coisa de gente com desvio de caráter…

Rodrigo Constantino