Paula Lavigne, esposa de Caetano Veloso, virou uma militante ativista assumida, liderando causas esquerdistas e fazendo protestos políticos. Lançou, com outros colegas, aquele movimento 342, que foi um fracasso. A turma despertou para o patriotismo ético no mesmo momento em que Dilma e o PT saíram do poder, o que pode ser considerado uma incrível coincidência. O mesmo fenômeno, diga-se, que aconteceu com Rodrigo Janot.
Desta vez, o casal resolveu comprar a briga em defesa da “arte”, mesmo aquela que inclui indícios de pedofilia. Crianças tocando o corpo nu de um homem estranho: arte, segundo ambos e seus companheiros. Dona Regina e todos os brasileiros de classe média indignados com a pouca vergonha desses “artistas” e que acham que as crianças deviam ser preservadas disso: “fascistas”, segundo esses “artistas”.
Mas como o passado lhes condena, ele voltou para assombrar Paula e Caetano. Ao menos nas redes sociais – já que dificilmente veremos esse tipo de lembrança na grande imprensa, ainda dominada por esses mesmos “artistas”. Carlos Andreazza, editor da Record, sofreu na pele com a tentativa de censura às biografias não-autorizadas, aquelas que não são uma simples extensão do departamento de marketing pessoal do artista. E era o casal Paula e Caetano por trás do movimento, como ele lembra:
Este papo de censura à arte é mesmo antigo. Quem é editor de livros e passou dez anos sob o efeito das ideias de gente como Paula Lavigne sobre biografias pode até se divertir.
Helio Beltrão, do Instituto Mises Brasil e irmão da apresentadora Maria Beltrão, da GloboNews, também trouxe o passado à tona para criticar os “artistas”:
Caetano e esposa Paula Lavigne estiveram à frente da batalha para que o STF proibisse as biografias não-autorizadas. Perderam, mas levaram ainda assim, via o artifício de batalhas classistas de artistas na justiça argumentando direito à privacidade, ou difamação, calúnia, etc. Ou seja, queriam censura, e quando não obtiveram a censura oficial, usaram a ameaça do contencioso para que as editoras fizessem ‘autocensura’.
O curioso neste episódio é que não julgaram que estivessem demandando censura. No entanto, agora que a sociedade brasileira em massa se revoltou com a falta de cuidado com crianças em duas exposições de arte recentes, Caetano e esposa acham que tal crítica representa censura.
Coerência manda lembranças.
Já o economista Ubiratran Iorio, também ligado ao Instituto Mises Brasil, foi mais duro ainda na condenação moral, resgatando a questão da pedofilia que a própria Paula já confessou antes:
Caetano e a ex-mulher lutaram no STF pela proibição das biografias não autorizadas. Censura!
Caetano, ao completar 40 anos, desvirginou a mesma ex-mulher, que tinha 13 anos na época. Pedofilia explícita!
Agora, ambos se dizem contrários à censura e ditam regras “morais” sobre pedofilia. Incoerência ou deformação de caráter? Ou ambos?
Somos mais de 200 milhões de conservadores, para vocês um xingamento, para nós um elogio. Me desculpem, mas daqui em diante vocês e seus coleguinhxs do Projakistão vão dar com os burros n’água. Os brasileiros decentes estão com o saco cheio desse minueto conflitante de vocês e sua turma!
O desabafo captura o sentimento da ampla maioria da população brasileira, sem dúvida. Os artistas não estão em sintonia com o povo, e nada expõe melhor isso do que o episódio ocorrido durante o programa “Encontros”, em que Dona Regina nitidamente incomodou a GNT People com sua firmeza moral, enquanto tentavam levar a conversa para a “liberdade artística”: “uma criança”.
A imagem de Dona Regina viralizou, o assunto foi para o topo dos mais comentados nas redes sociais, quase todos defendendo a senhora que levou os artistas ao desespero. O beautiful people não fala em nome do povo, e quando a verdade vem à tona, fica claro que despreza o povo, tido como alienado, atrasado, moralista e tacanho. Sim, “fascista”. Essa coisa de democracia é mais bonitinha nos discursos, não é mesmo?
A população brasileira não deu procuração alguma para Paula Lavigne e Caetano Veloso falarem em seu nome quando o assunto é censura e liberdade de expressão, ou então valores morais e crianças. Mas se Dona Regina se candidatasse a representante do povo, algo me diz que receberia milhões e milhões de votos…
Rodrigo Constantino
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