Nada como criar a ideia na cabeça das pessoas de que há um enorme risco iminente para se vender como o herói, o salvador da Pátria, aquele que vai derrotar o terrível inimigo. É um caminho clássico para quem quer se eleger na política.
Em alguns casos, o “vilão” será real, apesar de nem sempre a solução apresentada ser desejável. O “herói” também pode ser somente um embusteiro surfando na onda da histeria. Em outros momentos, na ausência de um vilão real, cria-se um. Podem ser os judeus, os “fascistas”, os “coxinhas”. O importante é fazer parecer que o risco é iminente, e que é preciso agir rápido, sem tempo para reflexão.
Nesta eleição, para muita gente, o vilão tem a máscara de Bolsonaro. O vilão é a direita, o conservadorismo, e tudo aquilo que ele passou a representar no imaginário popular, graças à doutrinação ideológica durante anos nas universidades e imprensa. Hitler vem aí, gritam os defensores de Maduro!
Incutindo o medo nos leigos, esses oportunistas fingem que não é a própria esquerda que representa a verdadeira ameaça fascista, como se Lula não defendesse a ditadura cubana abertamente, como se não tivesse apoiado o tirano Chávez e seu discípulo Maduro o tempo todo. A ameaça à democracia vem da direita, dizem.
Graças a essa estratégia do medo, surgem candidatos surreais na extrema-esquerda brasileira. Gente como Guilherme Boulos, líder do MTST, candidato pelo PSOL, o partido que apoia oficialmente o regime venezuelano. Um invasor de propriedade que, em qualquer país sério do mundo, estaria preso ao lado de seu guru Lula.
Ou então Manuela D’Ávila, de um partido que ainda ostenta comunista no nome, ignorando que tal ideologia nefasta matou mais de cem milhões de pessoas, e espalhou apenas miséria e escravidão pelo mundo. Temos ainda o próprio PT, que deve vir de Fernando Haddad, já que o chefe da quadrilha está preso. Um candidato que representa um bandido condenado que ataca a Justiça toda.
O radicalismo da extrema-esquerda conta ainda com Ciro Gomes, Marina Silva, todos esses que vestem literalmente o boné do MST, que suavizam a magnitude do golpismo que o PT representa contra nossa democracia. Todos embalados na histeria do combate a Bolsonaro e ao risco “fascista”.
Na verdade, a esquerda não suporta “o outro”, o diferente, aquele que não reza sua cartilha fajuta e politicamente correta. A esquerda não aguenta a diversidade, não suporta o diferente, não respeita a tolerância. Por isso precisa chamar boa parcela da população de “fascista”, diminuindo a revolta legítima que sentem da quadrilha petista, de quem ainda consegue enaltecer o regime venezuelano depois de tudo.
Claro, há também a pura busca pelo poder, entorpecente preferido dos esquerdistas, mesmo com a concorrência da maconha e da cocaína. E como enxergam na “onda conservadora” uma ameaça a essa hegemonia de poder que já dura décadas, partem para o ataque histérico. Mesmo que sob a liderança de candidatos totalmente surreais!
Rodrigo Constantino