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Traição no casamento é assunto privado ou público, quando se trata de políticos? Há controvérsias. Existem aqueles que separam totalmente a conduta do político em seus relacionamentos amorosos da sua gestão pública, e faz algum sentido: bons governantes muitas vezes foram crápulas como maridos. JFK e Clinton, para ficar com dois democratas, foram bem melhores do que Jimmy Carter ou Obama, percebidos como homens mais decentes. Ou podemos pensar em Trump versus Bush.

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Há, porém, aqueles que julgam esse tipo de informação relevante, e não coisa de fofoca inútil. Normalmente são os mais conservadores, que entendem que se uma pessoa é capaz de trair aquela a quem jurou ser fiel, constituiu família, tem filhos junto, então como confiar em suas promessas a eleitores que são completos estranhos? É o argumento que faz Matt Walsh, por exemplo.

No momento não pretendo entrar nessa polêmica. Basta dizer que conheço gente que não é exatamente o melhor parâmetro como marido, mas que costuma ser decente no resto, justificando o desvio de conduta com base em teses darwinistas, do “macho demoníaco”. Não compro exatamente a tese, pois se temos instintos animais, também temos freios morais, e acho que a traição a quem você jurou amar e construir uma família junto representa indício de fraqueza moral.

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Mas meu foco aqui não é quem está certo nesse debate, e sim expor o duplo padrão da mídia mainstream, com seu escancarado viés “progressista”. Discorda? Alguém acha que se Sarah Palin estivesse no epicentro de um processo de divórcio, acusada de ter roubado o marido da outra, isso não seria destaque nas notícias durante uma semana inteira? Pois é. Só que é Ilhan Omar que está nesse lugar. E por isso você certamente nem ouviu falar do caso.

Uma mãe alegou que seu então marido, assistente na campanha de Omar, estava tendo um caso com ela durante esse período. Isso consta no processo de divórcio de ambos, o que dá um peso bem maior do que se fosse apenas fofoca naquelas revistas de supermercado. O casal tem uma filha adolescente. Omar também é casada e tem três filhos.

Para adicionar insulto à injúria, o assistente recebeu cerca de $230 mil da campanha de Omar, algo como um terço dos gastos totais. A promiscuidade não foi só na cama, mas também no bolso, como podemos perceber. Alguém acha mesmo que se esse comportamento viesse de uma congressista republicana haveria o mesmo tipo de cobertura, ou seja, praticamente nada?

E isso é apenas a cereja do bolo. Como Trump costuma repetir, Omar é suspeita de fraude imigratória, ela que é natural da Somália. Ela teria se casado com o próprio irmão só para conseguir o visto. Omar nega a acusação, que considera “absolutamente falsa e ridícula”. Mas a suspeita continua.

E nada disso é o pior em se tratando da “fresh face” do Partido Democrata. Omar compõe o “esquadrão”, um grupo extremista com laços inclusive com grupos terroristas, como o Hamas. Seu antissemitismo é notório, seu radicalismo é assustador, mas nada disso a afasta dos covardes “moderados” do partido, que morrem de medo da base militante cada vez mais esquerdista.

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É por isso que Trump usa a tática de detonar o “esquadrão”, para forçar uma defesa por parte do establishment democrata, gente como Nancy Pelosi. Isso faz com que a imagem do Partido Democrata como um todo se aproxime daquela dessa turma radical. A percepção crescente é a de que os democratas viraram uns socialistas que desprezam o legado americano. E essa percepção não está longe da verdade.

Enquanto isso, os radicais contam com o apoio “indireto” e o silêncio cúmplice da mídia diante de escândalos. Não por acaso a credibilidade da imprensa anda tão baixa…

Rodrigo Constantino