Saber rir de si mesmo é um sinal de maturidade. Nunca confiei em “revolucionários” incapazes de achar graça deles mesmos, daquelas almas enrijecidas pelo rancor e o recalque. Sou o primeiro a rir de e até mesmo compartilhar uma boa piada que me tem como alvo, como já fiz com o site Sensacionalista mais de uma vez. Mas um leitor me mandou um vídeo de uma animação que fizeram comigo (uma tal de Rai Sossaith, que nunca tinha ouvido falar, criação de um tal de Thomas Larson, que igualmente nunca tinha ouvido falar), e não consegui achar a menor graça. É muito ruim mesmo, tosco.
Divulgo aqui por dois motivos: apesar de agnóstico, meu lado cristão prega a solidariedade, e os pobres coitados que perderam um bom tempo produzindo esse lixo precisam de ajuda, pois tiveram míseras 600 visualizações até agora; e segundo, para mostrar o que boa parte da esquerda realmente pensa de nós, liberais que viemos morar na Flórida. Vejam só que coisa impressionante:
Já enxugaram as lágrimas de tantas gargalhadas? É constrangedor, eu sei. Dá vergonha alheia. Freud explica a projeção que fazem. Como a própria esquerda caviar costuma ter várias empregadas domésticas e muitas vezes tratá-las com desprezo, como já cansei de ver ou saber, essa turma acha que todos fazem o mesmo. Não só não trouxe empregada alguma para a Flórida, pois a vida capitalista é bem mais prática e os casais costumam se virar muito bem sem elas (apartamento com dependência de empregado é coisa de país feudalista, que não chegou ao capitalismo ainda, como o Brasil), como tratava com muito respeito a que tinha no Brasil.
É a esquerda que precisa de eufemismo, como “secretária do lar”, para ocultar o seu verdadeiro preconceito. O trabalho de empregada doméstica por acaso não tem dignidade? Não é um trabalho honesto como outro qualquer? Talvez os autores da animação achem que quem vive de esmolas estatais tem mais dignidade, quem mama em tetas do governo tem mais dignidade, quem recebe verbas de ONGs engajadas para fazer proselitismo tem mais dignidade. Eu não. Eu acho que as empregadas domésticas merecem nosso respeito, pois ganham a vida honestamente com o suor de seu trabalho.
A caricatura que os pobres coitados fazem de mim é mais do que sofrível; é canalha mesmo! É um ataque diante do espelho. O leitor tem todo o direito de discordar dos meus pontos, mas negar que apresento argumentos ao debate, ao contrário dos autômatos socialistas que só repetem chavões e slogans, isso só a má-fé explica. Tentar reduzir inúmeros textos, livros e palestras, que se mostraram inclusive certeiras nos prognósticos da destruição causada pela esquerda no poder, a panelaços e xingamentos é coisa que só alguém desprovido de caráter faria. Esse sim, merecia um belo “vai pra Cuba que te pariu!”
Mas o espantoso é o tempo e os recursos que eles têm para fazer exatamente isso: difamar, mentir, enganar, baixar o nível do debate. Quanto tempo se leva para criar uma animação dessas? Não são poucos minutinhos de pausa no trabalho, concordam? Viram a quantidade de gente envolvida no “projeto” ao término do vídeo? Esses vagabundos não têm mais o que fazer da vida não? Pergunta retórica, eu sei. Eles não têm, e são pagos para fazer exatamente isso. É seu “trabalho”. E ainda pensam que falta dignidade ao trabalho de uma empregada doméstica…
PS: Os “criadores” desse troço me imaginaram uns 20 quilos mais gordo! Devem ter me confundido com aquele apresentador da TV GLOBO, o que vive bajulando a “presidenta” Dilma. É que eles, “sem preconceitos”, gostam de me chamar de “gordinho” por aí, e acham que com isso estão me humilhando ou me incomodando.
PS2: Logo no começo aparece um patrocínio da Prefeitura do Rio. É sério isso? A Prefeitura de Eduardo Paes paga oficialmente para que produzam uma porcaria dessas? Pelo que consta na página deles no Facebook, é isso mesmo! E a Prefeitura “investe” milhões de reais nessas iniciativas, para “democratizar” o acesso à “cultura”. É que está sobrando dinheiro, sabe, e os hospitais municipais estão uma maravilha… Quando os liberais falam depois em fechar essas secretarias de “cultura”, a turma engajada vai à loucura. Não é difícil entender o motivo. De que outra forma gente tão medíocre poderia ganhar a vida?
Rodrigo Constantino