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Imensa maioria dos paulistanos rejeita os "rolezinhos". Não acredito!
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Como presidente da Associação dos Rolezeiros (AssRol), venho manifestar meu repúdio a esta pesquisa fajuta, mentirosa, feita sob encomenda pela “zelite” em conluio com o PIG (Partido da Imprensa Golpista). Refiro-me, claro, à pesquisa divulgada pela Folha hoje, mostrando que 82% dos paulistas são contra os “rolezinhos”:

As atitudes que mais incomodam os paulistanos nesse ambiente são as correrias (70%), gritarias (54%) e aglomerações (46%). Sua tradução preferida para o verbo “zoar”, muito usado nas convocações de rolezinhos pelas redes sociais, é “provocar tumulto” -verdadeiro objetivo das reuniões para 77% dos ouvidos pelo Datafolha.

O propósito declarado dos adeptos dos rolezinhos -“apenas se divertir”- convence não mais que 18% dos paulistanos. Tamanha desconfiança é o que deve estar por trás da constatação de que 83% dos entrevistados que têm filhos menores de 25 anos não concordariam com sua participação num desses encontros.

[…]

Para 80% dos entrevistados, os lojistas agem corretamente ao buscar a Justiça para proibir os encontros. Outros 73% consideram que a Polícia Militar deve ser acionada para impedi-los. E 72% acham que não há preconceito de cor na reação dos shoppings, em aberta contradição com a ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros (PT), para a qual há “discriminação racial explícita”.

Alguém acredita nisso? Piada! Como presidente da AssRol, tenho convicção que só entrevistaram os “bacanas”, e ignoraram os pobres e negros. É claro que os “rolezinhos” são rejeitados pelos brancos e ricos: trata-se de uma incrível luta por justiça social e racial. Sakamoto e Eliane Brum podem confirmar.

Nós, da AssRol, temos certeza de que, se mil brancos entrassem num shopping para tocar rock às alturas, ninguém iria reclamar. Mesmo que houvesse um ou outro ou vários casos de roubo na confusão. Duvido que uma alma viva condenasse essa diversão burguesa!

Agora, basta entrar um pardo no shopping, que já vemos toda essa reação absurda! A AssRol não tem, em seus relatos, um único caso de um negro que tenha sido deixado em paz num estabelecimento desses. Todos são sempre abordados por seguranças e colocados para fora.

Até quando, Brasil? Até quando teremos essa segregação toda, evidente a olhos nus? É preciso dar um basta! Por isso nós da AssRol queremos um negro no STF, já! Ops…

Rodrigo Constantino

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