Se houve um tema crucial na vitória de Trump, foi o da imigração. Talvez nada demonstre melhor o abismo existente entre a elite “progressista” e o povo de carne e osso. Enquanto o imigrante, para essa elite, é uma abstração distante, um eleitor em potencial, ou então a babá e o jardineiro latinos, para o trabalhador de classe média ele pode ser o que rouba seu emprego numa competição desleal, um fardo pelo aumento de impostos para sustentar os benefícios estatais, o vizinho estranho que não aceita assimilar a cultura local ou até um criminoso em potencial.
O livro mais influente sobre o assunto, que ajudou a definir o resultado da eleição, é Adios, America!, de Ann Coulter. O livro tem 100 páginas só de notas, ou seja, está repleto de dados muitas vezes ignorados pela grande mídia. Ele ataca abertamente a crescente latinização e islamização da América.
Sua tese central é de que a esquerda deliberadamente abriu as fronteiras do país para permitir a entrada de milhões de imigrantes, em especial de mexicanos, sem critério algum, sem filtrar minimamente pela capacidade de produção dessas pessoas, atraindo o que há de pior em termos de habilidades, de olho apenas na mão de obra barata e nos votos. Ou seja, a América estaria sendo transformada num típico país de terceiro mundo, e quem ousar questionar esses rumos será logo acusado de “xenófobo” e “preconceituoso”.
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Rodrigo Constantino
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