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A insuperável eloquência de Gloria Alvarez

Por Roberto Rachewsky, publicado pelo Instituto Liberal

Ninguém na América Latina, talvez no mundo, defende as ideias liberais melhor do que Gloria Alvarez.

Além das suas características inatas como a graciosidade e o carisma, Gloria Alvarez apresenta insuperável eloquência, oscilando entre a crítica direta e contundente, construída sobre sólido embasamento, até a ironia fina que, com rara elegância, desdenha daquelas figuras humanas moralmente pérfidas e miseráveis que costumam querer mandar na vida dos outros.

Gloria Alvarez, acertadamente, não faz distinção entre os dogmáticos da esquerda e os religiosos da direita.

Ela sabe e expõe as semelhanças que unem essa gente com ideias infelizes, descrevendo com inteligência no que esses intolerantes e liberticidas se diferem dos liberais de verdade, grupo ao qual ela e eu temos o orgulho de pertencer.

Na política, a liberdade é um direito indivisível, inalienável e indispensável para que nós, seres humanos, possamos viver como tal.

O exercício do direito à liberdade é que nos torna responsáveis, criativos, inovadores, perseverantes na escolha do nosso propósito de vida cuja realização nos permitirá chegar naquele estado de consciência chamado felicidade.

Política nada mais é do que a transposição da ética que determina nossos valores para o contexto social onde, junto com outros indivíduos, buscaremos construir uma determinada sociedade.

Liberais, como eu e Gloria Alvarez, defendem que uma sociedade, digna de ser formada e vivida por seres humanos, requer, exige, demanda, sine qua non, instituições que protejam e defendam os direitos individuais.

Direitos esses entre os quais estão o direito à vida, à liberdade e à propriedade que alinham-se e complementam-se para que seja possível a cada indivíduo buscar a sua felicidade como bem lhe aprouver.

Felicidade é um estado de consciência e consciência é um atributo individual. Ninguém pode experimentar a felicidade alheia, muito menos designar os propósitos nem as condições pelas quais os outros procurarão alcançá-la.

No passado remoto, ninguém entendeu e explicou isso melhor do que Aristóteles.

No passado recente, ninguém entendeu e explicou isso melhor do que Ayn Rand.

No presente, ninguém entendeu e explica isso melhor do que Gloria Alvarez.

Eu tenho muito orgulho de ter idealizado, junto com meu amigo William Ling e por iniciativa dele, o IEE – Instituto de Estudos Empresariais. A criação do IEE se baseou nesse entendimento sobre a vida humana.

Nossa missão, enquanto instituto, é formar empreendedores e influenciar a sociedade em geral para que a nossa sociedade se torne digna de ser vivida por seres humanos como nós.

Entendemos e tentamos explicar que para construirmos uma sociedade civilizada e próspera, é indispensável a defesa da livre iniciativa em qualquer área da vida humana, da propriedade privada sem relativismos, do estado de direito, o que inclui um governo limitado à proteção dos direitos individuais, e do livre mercado, que significa a possibilidade dos indivíduos interagirem livres da coerção e da violência, qualquer tipo de violência, principalmente produzido pelo governo.

Sem isso, sem o entendimento de que o direito à liberdade contempla todos as ações não coercitivas do indivíduo, alcançar a civilização, estado social que permite com que vivamos sobre o primado da privacidade, e manter sua existência, é impossível.

Foto tirada por Victoria Jardim, fundadora e ex-presidente do Instituto Atlantos.

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