A mais prestigiosa revista de esquerda da França, Les Temps Modernes, criada por Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, rompeu com o chavismo e denunciou a escalada autoritária de Nicolás Maduro. Com o título “Venezuela – O País das Fraturas”, intelectuais escreveram sobre o fracasso do regime adotado por Hugo Chávez. A edição trimestral, de 304 páginas, explora o declínio econômico, o assédio ao Parlamento, o papel da oposição e o fracasso do modelo bolivariano.
Fundada em 1945, a revista é dirigida pelo jornalista, escritor e cineasta Claude Lanzmann, que sucedeu a Simone de Beauvoir no cargo. A edição traz 17 ensaios e entrevistas, a maior parte escrita por venezuelanos ligados a universidades da Europa. A introdução é da antropóloga Paula Vásquez Lezama, venezuelana e pesquisadora do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS).
Na apresentação, ela informa que a revista aborda o desmoronamento do projeto político de Chávez, “que se tornou uma tragédia social, política, econômica e humana para a Venezuela”. Em seu texto, Lezama lembra a promessa de mudanças estruturais feita pela revolução bolivariana, que trouxe, no entanto, “resultados desastrosos para a população, em particular para a classes menos favorecidas”.
Uau! Antes tarde do que nunca, dirão os mais otimistas. Já eu, eterno pessimista, direi que esse “rompimento” vem tarde demais, tímido demais, como quando Saramago “rompeu” com Fidel Castro depois de “só” alguns milhares de cadáveres políticos produzidos por seu paredão.
Alguém leva a sério esse “rompimento”? Afinal, a turma culpa fatores exógenos, o “mecanismo”, para tentar salvar o socialismo. Eis o agente oculto em todas as reportagens e discursos esquerdistas sobre a “crise social” venezuelana.
Sartre já era um lambe-botas de ditador comunista, e sua revista, seu legado, sempre seguiu na mesma linha. Só quando a situação fica caótica demais, insustentável demais, impossível de ser maquiada, os comunistas vão lá e decidem “romper” com os tiranos que ajudaram a criar. E tem otário que cai nessa?
Se Sartre e sua companheira feminista idolatraram Che Guevara e Mao, seus herdeiros intelectuais idolatraram Chávez e Maduro, Lula e qualquer outro safado que adotassem um discurso revolucionário de esquerda para ocultar sua sede insaciável por poder. Esses “intelectuais” são simplesmente patéticos! Uns boçais!
Por que sinto um misto de nojo e desprezo por tal “rompimento” tardio? Ora, simples: porque sei que basta aparecer um novo projeto a ditador socialista para tais “intelectuais” ficarem serelepes novamente, saltitantes e terem orgasmos múltiplos. O caso de amor deles por embustes é incurável. É patológico. Só Freud explica!
E o pior, o mais triste, é que os “intelectuais” brasileiros são tão atrasados, mas tão atrasados, que ainda não conseguiram assimilar o golpe, pois ainda não romperam com o chavismo (socialismo). Eles conseguem ser mais cafajestes do que os franceses! Vão ter bug agora, já que seus gurus deram esse passo. Mas os nossos “intelectuais” estão na vanguarda do atraso, e merecem a liderança nesse quesito.
Ontem mesmo estiveram num evento fechado (pois só restou a claque de sempre) com Lula e Marcelo Freixo, sua linha-auxiliar, para defender bandido e enaltecer a corrupção, quando de esquerda. Chico Buarque estava lá, claro. Eis aí o naipe dos nossos “intelectuais”. Morrem de amores não só por Maduro, como por Lula e já sonham com Guilherme Boulos assumindo seu posto.
Pergunto, com sinceridade: com “intelectuais” assim, que dominam nossas universidades nessa espantosa “corrupção da inteligência”, para usar termo de Flávio Gordon, como achar que a solução para o Brasil está na “educação”? Ora, qual educação? Essa que cria papagaios de marxistas, os futuros “intelectuais” que vão bajular tiranos socialistas? Melhor ser “burro” e “fascista”, não é mesmo?
PS: Todos os brasileiros de bem, decentes, trabalhadores honestos, que não acham que o mundo se ilumina quando Lula abre a boca, ao contrário de Marilena Chaui, devem ir às ruas hoje e amanhã para pressionar o STF, para impedir que o Brasil se transforme numa Venezuela. Os “intelectuais”, claro, estão novamente do lado errado, defendendo Lula e a impunidade. Eles adorariam que o Brasil fosse a Venezuela, para depois do caos completo escreverem com ar de superioridade uma notinha “rompendo” com o regime nefasto. Nós, liberais e conservadores “burrinhos”, alertávamos antes mesmo da chegada de Lula e Chávez ao poder que isso aconteceria. Mas os “sábios” são os doutores em Humanas, aqueles que reverenciam figuras como Foucault, Marx, Marcuse e Sartre, com extenso currículo Lattes, que ainda nem sequer romperam com Maduro…
Rodrigo Constantino
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