Por Marcia Rozenthal, publicado no Instituto Liberal
Ouvi de um amigo, infelizmente já falecido, que Hitchcock diferenciava suspense de terror da seguinte forma: suspense é quando você sabe de antemão o que vai acontecer, mas mesmo assim, se sente tenso assistindo à situação; horror é quando o que acontece é totalmente inesperado.
Procurei na internet essa citação e em um livro, onde o próprio Hitchcock é entrevistado e fala de seus filmes e ideias. Ele chega a definir suspense, mas não daquela forma. Assim, não sei para quem vai o crédito desta introdução, mas deixo claro que não é meu. Apenas uso o que achei ser uma perfeita definição, e uma forma interessante para iniciar este texto.
É claro que a vida está mais para um filme de terror do que de suspense, considerando o número de variáveis imponderáveis que nos cercam. Mesmo assim, a vivemos como um grande suspense, como se já soubéssemos, ou pudéssemos controlar o filme que protagonizamos “em tempo real”. Neste, não há possibilidade de fazer cortes, refilmagem e tampouco usar dublês nas cenas “difíceis” ou “perigosas”.
Apegamo-nos às ditas ciências “duras”, ao determinismo laplaciano aprendido por osmose, que virou quase um “senso-comum” emocional. Nos poucos momentos em que nos permitimos refletir um pouco, ou quando um evento inesperado e por vezes dramático ocorre, é que a realidade se apresenta tal como ela é, implacável. Enfim, não há ninguém que consiga controlar tantas variáveis para tirar do fluxo da vida as possibilidades de turbilhonamentos ou desvios de rumo.
Por que falo disso agora?
Porque virou quase um mantra ouvir : “agora, ninguém sabe mais o que vai acontecer amanhã; daqui a pouco tudo pode mudar”.
Refiro-me diretamente à prisão do Senador Delcídio do Amaral, e à sua língua solta, que pode se rebelar a qualquer momento, e ainda instigar outras línguas a igualmente se libertarem de seus freios, e assim mudar toda uma situação. Refiro-me ao pedido de impeachment da “presidenta” (neologismo tão abjeto, que rezo para nunca mais ter que ouvi-lo). Refiro-me aos ataques “inadjetiváveis”, perpetrados no último mês em Paris, Damasco, Mali, na cidadezinha de San Bernardino na Califórnia, e em Israel.
Ah, dirão alguns, e provavelmente pensarão todos: “em Israel acontece sempre”, “você sabe, aquilo lá é complicado”.
Decidi que a cada vez que acontecer algo em Israel, como a imprensa esquerdista e conivente não se indigna, eu o farei.
Entendo que não é mais possível permitir que esses acontecimentos se transformem no único evento que pode ser categorizado como suspense, enquanto todos os outros ficam na categoria de terror!
Israel é um país com ínfima população, pouco tempo de existência, mas que conquistou 10 prêmios Nobel e tem portentosa produção nas áreas de tecnologia, ecologia, arte, ciências. Isso não é pouco, e isso mostra que o país não veio para tomar, e sim para dar à humanidade.
Esse é um artigo curtinho, não pretendo me alongar. Mas, convido aqueles que entendem ou que compartilham dessa minha indignação para que tomem uma atitude. Israel luta incansavelmente, não só para salvar a si mesmo. Luta pela Europa, pelos Estados Unidos, por nós, que prezamos a liberdade, a democracia, a ética e a moralidade.
Delcídio, Dilma, Lula, Maduro, Chaves, Cristina são apenas personagens de um mesmo circo de horrores, imagens refletidas dos mesmos terroristas que tentamos combater. Por muito azar, se materializaram e tomaram poder no nosso continente.
Quem luta contra eles não pode se furtar a entender a importância daquele país pequeno, uma joia encravada que brilha na lama e no obscurantismo que é o oriente médio.
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