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Israel, Jerusalém e Trump: a espantosa ignorância (ou má-fé) da mídia mainstream
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O texto abaixo anda circulando pelas redes sociais, mas infelizmente não sei quem é o autor. Compartilho com o meu leitor pois ele traz bons argumentos e questionamentos, que não veremos na grande imprensa, quase toda ela dominada pelo viés esquerdista anti-Israel, antiamericano e, acima de tudo, anti-Trump.

Vendo as notícias desesperadas da mídia sobre o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e os comentários dos “especialistas”, só há uma palavra para definir: PATÉTICO.

Pelo tom, pelas falas, pelas caras, parece que teremos o apocalipse. Uma bomba atômica no Irã não causa tal preocupação. Idem, os mísseis da Coreia do Norte. As lideranças mundiais pareciam recém desembarcadas de Marte, porque as suas declarações não tinham a mínima base na realidade e denotavam uma surpresa e temor completamente infundados.

O presidente da Turquia (que não faz fronteira com Israel) e que é furiosamente antissemita, protestou. Disse que a decisão vai beneficiar grupos terroristas (que ele, aliás, apoia, como o Hamas)…. alguma surpresa? esperavam que ele gostasse? para completar o ridículo, ele ameaçou cortar relações com Israel (e não com os EUA….)

O papa, um total desastrado em política externa, que chamou Mahmoud Abbas de “homem de paz”, disse que os direitos de todos deveriam ser respeitados. Desde quando os direitos de todos são respeitados nos locais sob soberania islâmica? Desde quando os árabes reconhecem o direito dos judeus de ter seu Estado?

Os líderes europeus falaram em “prejuízo às negociações de paz”…. como assim, há negociações ocorrendo ou mesmo marcadas? Há anos ninguém senta na mesa para discutir nada. O que eles não têm coragem de dizer é uma única coisa: têm medo que os árabes fiquem furiosos e cometam mais atentados do que já cometem. Só não dizem para não serem politicamente incorretos e acusados de islamofóbicos. Eles sabem que os países árabes não vão romper tratados nem declarar guerra; sabem que não haverá boicote petrolífero; então têm medo mesmo é do terrorismo islâmico, que ganharia mais um pretexto (como se precisassem de algum).

Theresa May e o Secretário-Geral da ONU disseram que o futuro de Jerusalém deveria ser decidido pelos dois lados (judeus e palestinos). Alguém pode avisá-los que os palestinos não aceitam negociar a paz e nem reconhecer Israel, e que há 70 anos, ou seja, independente da decisão americana de hoje, os árabes estão decididos a destruir Israel?

A Liga Árabe protestou também. Mas não é esta entidade que desde 1967 segue a política dos Três Nãos (Não à paz com Israel , Não ao reconhecimento de Israel, Não a negociações com Israel)? Curiosamente, os países árabes mais importantes em relação ao problema (Arábia Saudita, Jordânia e Egito) deram declarações protocolares, sinalizando que está-se fazendo muito barulho por nada…

O Irã protestou… mas esse país já não planeja destruir Israel, independente de qualquer coisa?

O Hamas disse que a decisão de Trump sepulta a solução de dois Estados… desde quando o Hamas defendia isso, dois Estados???? Até hoje, defendia a destruição de Israel e continua defendendo. O que fará o Hamas? Jogará foguetes e praticará atentados? Por favor, me contem uma novidade….

Uns dizem que os EUA perderão a capacidade de serem mediadores do processo de paz porque tomaram partido de um dos lados. Até onde eu sei, os EUA já eram aliados de Israel. Além disso, quem vai substituir os EUA? E se aparecer alguém para esse papel, que ótimo! A paz é o maior sonho de Israel, desde que foi criado.

Outros dizem que vai aumentar a instabilidade no Oriente Médio? Como assim? Vai surgir uma outra guerra para rivalizar com a da Síria? Ou com a guerra do Iêmen? Outro grupo surgirá para ocupar o espaço do Estado Islâmico? O Hezbollah vai, finalmente, assassinar o primeiro-ministro do Líbano? O que isso tem a ver com Jerusalém?

Há os que dizem que pode despertar a fúria palestina e levar até mesmo a uma nova intifada. Já não houve duas, sem o reconhecimento de Jerusalém como capital? Ou seja, não é preciso nada disso para fazerem uma intifada. Terrorismo? Israel já convive com isso desde antes da sua criação…

Demétrio Magnoli superou-se: disse que o reconhecimento é uma vitória de Netanyahu, mas não de Israel, como se o governo israelense não tivesse legitimidade ou os cidadãos de Israel, em geral, não apoiassem a decisão de Trump….desde a eleição de Trump, desconfio que ele está tendo alucinações.

Nenhum desses atores reclamou ou protestou quando a Unesco adotou decisões malucas contra Israel, reconhecendo a suposta ligação de Jerusalém com o Islã e negando a ligação entre os judeus e a cidade conquistada pelo Rei Davi há 3000 anos, 14 séculos antes do surgimento do islamismo…

Não é demais lembrar que, embora haja uma ligação religiosa entre muçulmanos e Jerusalém, a cidade é citada no Velho Testamento 619 vezes e NENHUMA no Corão. A parte leste, onde estão os monumentos religiosos, esteve sob soberania árabe por 19 anos (entre 1948 e 1967). Era um centro de peregrinação muçulmana? Não. Foi alvo de cuidados, com restauração dos monumentos? Não, ao contrário, muitos foram vilipendiados. Havia liberdade de culto para todas as religiões? Não. Na verdade, toda a pressão árabe em cima do tema tem apenas um objetivo: chantagear Israel, em razão da importância espiritual da cidade para os judeus. É, simplesmente, para “criar caso”, porque nunca deram efetiva importância à cidade como centro religioso. Na verdade, é um empecilho para a paz. Sem esse trunfo, talvez eles passem a negociar seriamente, porque perdem o instrumento de chantagem.

Também é importante lembrar que o desejo dos judeus de ter um Estado era tão grande que aceitaram a partilha da ONU, mesmo sem Jerusalém. Os árabes é que não aceitaram a criação do Estado judeu, ainda que esse Estado não tivesse a cidade sagrada. Portanto, o problema dos árabes não é Jerusalém, pouco importa em qual mão ela esteja. É a existência de Israel, que se recusam a aceitar. Jerusalém é só o assunto do dia.

Aliás, em 1947 os árabes também protestaram. Ben Gurion não deveria ter declarado a independência?

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