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Itamaraty "cobra" de Venezuela explicações sobre MST, e empresários vaiam petista
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Não podemos negar uma coisa: essa eleição serviu para realmente despertar da sonolência muita gente que até ontem ridicularizava os alertas sobre a “venezuelização” do Brasil. A notícia de que o governo venezuelano celebrou um bizarro acordo com o MST, do qual nossas autoridades supostamente sequer tiveram conhecimento, foi a gota d’água.

O Itamaraty, por meio do ministo das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, cobrou explicações sobre o convênio, do qual afirma não ter sido informado. “Convoquei o encarregado de negócios da Venezuela para transmitir estranheza do governo brasileiro com a notícia de que o ministro Jaua veio ao Brasil sem nos avisar e teria cumprido uma agenda política que incluiu a assinatura de acordo com movimentos sociais brasileiros”, disse Figueiredo.

Mas sendo o governo brasileiro antigo aliado do venezuelano, claro que a população fica desconfiada, com razão. Quer dizer que o governo do PT realmente não sabia de nada? Será que é como Lula, que “não sabia” de nada do mensalão? Ou como Dilma, que “não sabia” de nada do Petrolão? Há motivos de sobra para ficarmos com a pulga atrás da orelha.

E os empresários estão mais atentos. Prova disso foi sua reação durante evento da CNI. O deputado petista e ex-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, e o senador eleito pelo DEM Ronaldo Caiado, bateram boca ao ser mencionado o convênio que foi firmado na semana passada entre autoridades venezuelanas e o MST. Os empresários vaiaram o petista e aplaudiram Caiado, especialmente quando este falou do risco de “venezuelização” em nosso país. 

“Se o Aécio tivesse sido eleito, vocês veriam esse Brasil totalmente bloqueado pelo MST. Nós não fazemos esse jogo. Não podemos desativar a mobilização da oposição. Temos de nos estruturar todos os dias, para chegarmos em 2018 e ganharmos as eleições no Brasil”, disse Caiado.

Eis a grande diferença entre o PT e a oposição: se esta tivesse vencido, não veríamos manifestações pacíficas e espontâneas cobrando investigações dentro da lei, e sim um exército paralelo formado por guerrilheiros fazendo de tudo, inclusive o uso de violência, para parar o país. Dá para confiar, portanto, num governo desses, cúmplice do próprio MST e também do regime opressor venezuelano?

Rodrigo Constantino

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