A nadadora Joanna Maranhão, eliminada da Olimpíada, resolveu partir para o caminho do desabafo e dos processos judiciais após ser ofendida nas redes sociais. Não nego aqui o absurdo de supostos ataques, como desejar que ela seja estuprada ou morra. Coisa de gente sem noção mesmo. Mas sem dúvida uma minúscula minoria, que serve de pretexto para a vitimização da atleta diante do grosso das “ofensas”: chamá-la da perdedora.
Vencedora ela não foi. Mas claro que o rótulo, mais impactante no inglês (loser!), não tem ligação apenas com a piscina. Todos reconheceriam que uma atleta que chega aos jogos olímpicos já é parcialmente vencedora. O problema real, claro, é o fato de que a nadadora resolveu bancar a militante política e sair em defesa de Dilma e contra seu impeachment. O povo não esquece e não perdoa.
Antes que os “isentões” venham aqui dizer que é preciso “respeitar opiniões diferentes”, digo que defender o indefensável PT não é simplesmente “ter uma opinião diferente”, mas compactuar com uma quadrilha que vinha pilhando e destruindo o Brasil, tentando corroer nossa democracia de dentro, inspirada na Venezuela. Não aceito o argumento de que se trata, portanto, de meras preferências, como gostar mais do azul que do amarelo.
E provo meu ponto apelando para o redutio ad absurdum: seria uma simples questão de opinião defender o nazismo? Claro que não! “Ah, mas Lula não é Hitler e Dilma não é Goebbels”. Sim, mas levei para o extremo só para fazer o ponto mesmo. Digamos, então: é apenas uma questão de opinião defender Nicolás Maduro hoje? Quem faz isso é cúmplice da desgraça venezuelana, é inimigo do povo sofrido e vítima de um governo mafioso. Pois é.
Isso sem falar que foi ela quem iniciou essa coisa de segregar a população com base na política. Não vamos esquecer que ela foi a primeira a dividir o país, a politizar o esporte, afirmando que não iria representar no Pan defensores de Bolsonaro e Feliciano. Trata-se de uma declaração de guerra ao conceito de Brasil disputando medalhas, ao segregar parte do povo.
Ao usar seu nome para defender Dilma, Joanna se expôs ao ódio daqueles que vêm sofrendo com o petismo, cansados de ver seu país destroçado, mergulhado em crise econômica e moral sem precedentes. Claro que não ia ficar barato. Daí vem o “perdedora”. Eu já acho que qualquer pessoa que defende Dilma e o PT é um loser na vida, um fracassado. Nenhuma pessoa séria, inteligente e íntegra defenderia o lulopetismo atualmente.
Mas Joanna reagiu como uma típica petista: partiu para o “mimimi” tentando desviar o foco de sua derrota. Acusou o Brasil de ser “machista, racista, homofóbico”, tentando alegar depois que não estava generalizando (ora, se o Brasil é alguma coisa, então é claro que há uma generalização). Falou que vai processar os “agressores”. Lembrou inclusive de seu estupro no passado. Está, enfim, bancando a vítima desamparada. E talvez projetando nos outros o que é, já que podemos ver nessa compilação certo preconceito da própria nadadora:
Parêntese: essa “Caneta Desesquerdizadora” é uma das iniciativas mais divertidas que surgiram nas redes sociais nos últimos tempos. Coloca mesmo o pingo nos is e dá nome aos bois, tudo aquilo que o “jornalismo” moderno se recusa a fazer. Fecho o parêntese.
Com essa postura, Joanna não vai resgatar o respeito da população, pois respeito se conquista. Mas já pode ganhar música no “Fantástico” e ser, quem sabe, candidata a alguma coisa pelo PT ou PSOL, os “partidos” que adoram a vitimização e o “mimimi” dos perdedores.
Rodrigo Constantino