Kim Kataguiri e Arthur do Val, do MBL, receberam o prefeito João Doria para um bate-papo informal no “teste do sofá”. Foi uma conversa descontraída e interessante. Logo na primeira pergunta, Doria nega ser um “globalista” ou um “socialista fabiano”, afirmando ser “global”, e defensor de um governo descentralizado.
Sobre a Venezuela, Doria repudiou a turma do PT, que adora a repressão, as milícias, a ditadura de Maduro. O PT ajudou inclusive a financiar esses movimentos socialistas latino-americanos, diz Doria sem rodeios. É fundamental defender os valores democráticos, disse, condenando o regime ditatorial bolivariano. MST e Gleisi Hoffmann, que saíram em defesa de Maduro, foram diretamente atacados pelo prefeito. Para Doria, o impeachment de Dilma salvou o Brasil de virar uma Venezuela.
Em seguida, Doria defendeu as privatizações, mostrando alguns exemplos concretos de como custa caro bancar luxos para poucos com recursos do povo trabalhador. A Fórmula 1 foi um caso mencionado, que deveria contar apenas com suporte privado, sem dinheiro do governo, por isso o autódromo de Interlagos deveria ser privatizado.
Doria criticou as cotas raciais, alegando que elas “institucionalizam a discriminação”. Defendeu a ideia do Escola Sem Partido, reconhecendo que escola não é lugar para ideologias e partidos. Negou a ideia “progressista” de que bandido é “vítima da sociedade”, lembrando que bandido é bandido, não um coitadinho. Defendeu a privatização do sistema prisional para melhorar a eficiência do sistema, dando como exemplo o caso de Minas Gerais.
O politicamente correto também foi alvo do prefeito, que aproveitou para lembrar que ele não é “democrático”, já que a extrema-esquerda goza de um salvo-conduto que a direita não possui. Teve tudo isso e muito mais. Em geral, foram pouco mais de vinte minutos de conversa bem-humorada. Doria se mostrou mais à direita do que muitos o imaginam, até porque seu partido é de centro-esquerda e ele mesmo já deu declarações próximas do tucanato. Vejam o vídeo:
Rodrigo Constantino
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