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O ex-ministro e ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa criticou o estado atual do capitalismo brasileiro, no qual algumas empresas buscam “o sucesso empresarial mediante uso de práticas ilícitas, como entorses ao princípio da concorrência e corrupção de agentes públicos”.

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Para Barbosa, falta no país uma cultura empresarial menos voltada a altas margens de lucros, muitas vezes permitidas pelo próprio governo, e mais calcada em desenvolvimento de longo prazo.

“É necessário punir [empresas que agem à margem da ética], mas isso não basta. Deve-se retirar o Estado de atividades econômicas nas quais não deveria estar, reservando-o a serviços públicos, e diminuir as ambiguidades legais onde o empreendedor busque levar a cabo empreitadas com auxílio de gordos benefícios estatais”, afirmou.

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Barbosa também criticou o que chamou de “avanço da política sobre áreas técnicas, em setores regulados pelo Estado”, afirmou. “É preciso retirar as pegadas dos políticos do caminho das empresas”, disse.

Para o ex-ministro do STF, as empresas devem buscar formas de se destacar no mercado sem depender da proximidade com o setor público e vantagens competitivas indevidas, até pela possibilidade de penalização de empresas e executivos não apenas no Brasil, mas por governos de outros países, caso daquelas que negociam papéis em bolsas como nos Estados Unidos.

Pois é, meus caros, a tal Kombi liberal cresceu mesmo! São os ventos de mudança. Se até Joaquim Barbosa, que votou no PT e demonstra defender ideias claramente de esquerda, já se deu conta de que nosso modelo intervencionista é um chamado à corrupção e à ineficiência, então é porque há luz no fim do túnel.

Demorou, eu sei. Mas vejamos o copo meio cheio. Cada vez mais gente percebe que esse modelo pregado há décadas no país pela esquerda só serve para mamatas, para conluio entre grandes empresários e políticos, para enriquecer corruptos e sindicalistas, para prejudicar o público, o pagador de impostos e o consumidor de serviços públicos.

Quando o estado detém o controle de uma caneta poderosa que pode selar o destino de setores inteiros da economia, é claro que haverá o risco de “captura” desse instrumento pelos grandes grupos organizados. A esquerda “pensa” que basta colocar as “pessoas certas” com esse poder todo nas mãos para termos como resultado a “justiça social”. É um misto de ignorância com má-fé, salpicadas de fanatismo ideológico.

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O estado precisa privatizar suas empresas, reduzir as regulações e torná-las mais claras e objetivas. O mercado precisa ser o mais livre possível, respeitando apenas algumas regras básicas e gerais. É o que defende o liberalismo, aquele que nunca nos deu o ar de sua graça. Só no dia em que seguirmos esse caminho teremos mais prosperidade com menos corrupção. A alternativa é esta que aí está: escândalos atrás de escândalos e péssimos serviços.

Rodrigo Constantino