A jornalista Lara Logan, correspondente para assuntos externos da CBS, revelou nesta segunda ao SEAL aposentado Mike Ritland que a mídia tem um forte viés ideológico de esquerda. Não diz novidade alguma, e o ex-âncora da mesma CBS, Bernard Goldberg, chegou a escrever um livro décadas atrás sobre esse assunto, chamado justamente Bias (viés). Mas quando vem de alguém de dentro, a denúncia ganha mais peso.
Logan admitiu que a entrevista era “suicídio profissional” para ela, mas não conseguiu deixar de concordar com Ritland quando ele afirmou que havia um “absurdo viés” na imprensa. A “acusação” não deveria ser surpresa alguma, porém, pois é um fato objetivamente determinado. Algo como 85% dos jornalistas são democratas registrados. Quase ninguém é republicano. Esperar uma postura ética de total isenção com tanta inclinação ideológica à esquerda seria no mínimo ingenuidade.
Não obstante, a mídia nega o viés, preferindo acreditar em sua própria imparcialidade. Essa postura ridícula gera ainda mais desconfiança e perda de credibilidade. Todos conseguem perceber, ainda mais na era das redes sociais, a clara torcida partidária de boa parte dos veículos de comunicação.
Ironicamente, é a Fox News, minoritária nesse meio, que costuma ser acusada de viés, no caso de direita, claro. Só que a Fox tem mais “progressista” em sua grade do que a CNN tem de conservador. Ainda assim, bastou a emissora ultraesquerdista contratar uma colaboradora republicana para a choradeira ser enorme, liderada inclusive pela estrela socialista do Partido Democrata, Alexandria Ocasio-Cortez.
Sarah Isgur, que foi portavoz do republicano Jeff Sessions, foi contratada pela CNN como editora política para a cobertura da eleição de 2020. Automaticamente as redes sociais foram tomadas por críticas severas, justamente de quem costuma dizer que defende o pluralismo e a tolerância. Os esquerdistas ficaram revoltados, e o ex-portavoz de Obama chegou a questionar porque diabos a CNN contrataria uma direitista para a cobertura eleitoral de 2020.
As críticas traem a verdadeira mentalidade dessa turma: só pode ter esquerdista ali. Querem abertamente uma hegemonia plena, e ainda têm a cara de pau de falar em isenção e pluralidade. Cobertura objetiva e debate plural são coisas do passado para o “jornalismo” moderno, dominado por “progressistas”. E depois disso tudo ainda tem quem finja que a mídia não é uma propagandista de esquerdistas…
Rodrigo Constantino