André Lajst publicou essa mensagem em sua página do Facebook:
Palestra feita agora na Universidade Federal do Amazonas para estudantes de direito. Fomos interrompidos por estudantes radicais que, no meio da palestra, entregaram folhetos para os presentes, ficaram tirando fotos com cartazes e provocando o tempo todo.
No final, alguns membros desse comitê, que se auto intitula “comitê de solidariedade aos palestinos do Amazonas” levantaram e começaram a gritar, interromperam a palestra com cartaz escrito “Genocídio”.
Esses jovens não vieram em missão de paz. Não vieram dialogar. Não vieram conversar. Não prestaram atenção em nada do que lhes foi dito ou até mesmo fazendo perguntas.
Perguntei a um dos que se levantou com o cartaz: “Onde está havendo genocídio? Quantos palestinos morreram? Quantos morreram na Síria ? Quantos morreram no Sudão? Quantos morrem no Iraque?”
Não obtive resposta. A única coisa que ele repetia era “genocídio palestino”. Quando perguntei aonde ele quer um Estado Palestino, ele não soube nem responder o nome da Cisjordânia ou Gaza.
Por fim, como neto de sobrevivente do holocausto, eu acho inadmissível o uso da palavra genocídio. Me afeta pessoalmente. Esse cartaz não podia estar lá. Porém, bandeiras palestinas como eles trouxeram não me incomodam pois na minha palestra há imagens da bandeira palestina.
Eles acham que o mundo está dividido em dois, tentaram convencer o público de aderirem a narrativa deles, em vão. Ninguém se manifestou. Ninguém aplaudiu essa ação anti democrática em uma universidade federal do Brasil. Ao contrário, os presentes vieram pedir desculpas pela falta de educação deles.
Porém o mundo é muito mais do que dois grupos. Eu me considero pro paz. A educação é o caminho para a paz. Não se faz paz no grito, não se faz paz mentindo e não se faz paz interrompendo palestras. O diálogo sempre venceu, e a história está aí, pra quem quiser estudar.
Eles me ameaçaram que irão em todas as minhas palestras. Serão muito bem vindos se vierem perguntar e a escutar. Não para fazer discursos e atrapalhar o ambiente plural e acadêmico. Em uma democracia aprendemos a escutar e a falar. Cada qual no seu momento e na sua vez. Quem entende esse conceito básico, será muito bem vindo. Nós aqui continuaremos a ir em todos os estados do Brasil entregando mais conteúdo, promovendo mais diálogo e consequentemente, mais paz.
Rodrigo Constantino
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS
Deixe sua opinião