Reproduzo aqui o comentário da própria Veja, sem nada a acrescentar, pois meus leitores mais antigos saberão o que penso dessa “metamorfose” da senadora Kátia Abreu:
Poucas figuras da política brasileira passaram por uma metamorfose tão intensa quanto a atual ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Há apenas cinco anos, ela venceu uma eleição para o Senado com um discurso de confronto direto com o governo petista. Em 2011, entretanto, deixou o DEM para se filiar ao PSD. Prometeu que não mudaria de posição política. Mas rapidamente o discurso se mostrou falso. Kátia Abreu se aproximou tanto de Dilma Rousseff que ganhou o cargo de ministra da Agricultura. Agora, em viagem à Rússia, ela deu mostras de que a guinada ideológica (ou pelo menos estética) é ainda mais radical. A figura símbolo da bancada ruralista fez questão de exibir uma foto com o gorro típico dos líderes soviéticos. A imagem faz parte de um “ensaio” postado pela ministra em sua página no Twitter, e que também inclui poses com a famosa Catedral de São Basílio ao fundo. (Gabriel Castro, de Brasília)
O que dizer? Da líder da bancara ruralista contra o MST à aliada empolgada de um governo bolivariano! Só falta Kátia Abreu posar abraçada ao Stalin, digo, Stédile, do próprio MST. A foto com o símbolo comunista é uma afronta a todos que já confiaram na senadora antes. Será que ela tem noção do que fez o comunismo com os pequenos e grandes proprietários de terra? Conhece a história dos kulaks na União Soviética? Sabe o que Pol-Pot fez no Camboja?
Não há dúvidas: Kátia Abreu chegou ao fundo do poço. Só desce mais se encontrar algum alçapão por lá…
Rodrigo Constantino
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