Se o leitor tem mais de 2 anos de idade deve lembrar: quando Trump foi eleito, o caos logo se instalaria. Na América e no mundo! Seria a destruição do planeta, e também da economia. Sem falar do fascismo, claro. Minorias perseguidas nas ruas, fim da democracia. O leitor deve lembrar: a CNN alertou, o NYT avisou. E então?
Bem, o planeta segue firme e forte, mesmo que Alexandria Ocasio-Cortez, especialista no tema (entre uma rodada e outra de bebidas que oferecia no bar em que trabalhava ela deve ter lido muito sobre clima), diga que temos apenas mais dez anos de vida. Al Gore dizia o mesmo. Há mais de dez anos. E cá estamos.
Já o fascismo segue distante. Na verdade, é possível ver condutas fascistas na América sim. A turma da Antifa, do Black Lives Matter e todos aqueles que usam violência para calar palestrantes conservadores, isso tudo é bem fascista. Eles são todos contra Trump. Mas isso é detalhe bobo.
Sobre minorias apanhando nas ruas, bem, vemos muitos defensores de Trump sendo alvos de ataques, mas quanto às minorias… falta agressão! Por isso que aquele ator negro e gay teve que simular um ataque, entende?
E a economia? Desempregos crescentes, recessão, desastre? Ops! Nada mais parecido com a verdade. Eis a notícia que surpreendeu os analistas:
O desempenho é melhor que esperavam os economistas e veio no embalo do avanço das exportações, de 3,7%, por maiores investimentos em estoques privados e um aumento nos gastos de governos estaduais e locais.
Os gastos de consumidores, que respondem por dois terços do PIB, cresceram a uma taxa anualizada de 1,2% no primeiro trimestre, perdendo força em relação ao ganho de 2,5% observado no quarto trimestre. Já os gastos de empresas com software, pesquisa e desenvolvimento aumentaram 2,7% no primeiro trimestre.
Pois é: parece que reduzir burocracia e impostos funciona! Deve ser dura a vida de crítico partidário que cantava o apocalipse e agora precisa conviver com esses dados, não é mesmo? Quase sinto pena dessa gente… quase!
PS: Antes que bolsonaristas venham traçar um paralelo, seria bom que o governo brasileiro também entregasse resultados, não? Ainda é cedo, concordo, mas há muitos deslizes preocupantes. Bolsonaro não é Trump. Este tem sido mais pragmático e soube afastar Steve Bannon, seu Olavo de Carvalho. Bolsonaro, que nunca foi empresário, ainda precisa largar o ranço estatizante e se livrar dessa ala mais ideológica e fanática. Aí quem sabe a comparação se torna mais válida?
Rodrigo Constantino