Por Roberto Rachewsky, publicado pelo Instituto Liberal
A educação nos Estados Unidos diz que, em escadas rolantes, quem não quer caminhar pelos degraus deve abrir caminho para quem quer. Quem fica parado, posiciona-se junto ao corrimão do lado direito. Em esteiras rolantes, dessas que se vê nos aeroportos, o procedimento é o mesmo.
A compreensão do quanto é irracional e descortês o descaso com os outros ao se impedir alguém de seguir o seu caminho livremente é uma das mais básicas lições do capitalismo. Já no Brasil, as pessoas não têm a menor noção disso. Bem, se até mesmo nas calçadas elas tomam conta, impedindo que o trânsito de pedestres flua normalmente, imagina naquele negócio que transporta gente onde ficam estáticas como se fossem sacos de batatas. Um hábito tão horrível quanto furar a fila é essa mania de “fincar pé”, obstruindo o caminho que deveria ser livre para as pessoas apressadas não perderem tempo com quem não respeita a liberdade alheia.
Solidariedade para o americano não é só dar o que alguém não tem. Mais importante do que isso é não criar dificuldades que resultarão em desperdício do que os outros têm e não querem abrir mão porque um moscão qualquer resolveu ficar no seu caminho.
Liberdade e tempo são bens preciosos demais para se jogar fora. Afinal, a perda de tempo e a falta de liberdade fazem nossa vida mais curta. Tem lei dizendo que esse deve ser o comportamento das pessoas? Claro que não. Existe a consciência do que é certo e que o certo deve ser feito.
Para impedir o caminho dos indivíduos que querem aproveitar sua vida e seu tempo exercendo sua liberdade já existem os políticos e burocratas do governo. Esses não tem a menor consideração por ninguém a não ser para atrapalhar e desperdiçar o tempo e a vida dos outros.