Com poucos dias para a saída efetiva de Obama da presidência americana, uma voz proeminente em nome dos policiais do país todo vai à contramão do chororô da grande imprensa e não pode esperar pela posse de Donald Trump. Trata-se de William J. Johnson, diretor executivo da National Association of Police Organizations. Ele disse ao The Blaze que Obama demonstrou, em suas ações mais do que em suas palavras, de qual lado estava nos confrontos com a polícia. E não era do lado dos policiais.
Grupos como o Black Lives Matter receberam suporte do presidente, cuja retórica ajudou a inflamar seus ataques aos policiais como se fossem um ato de reação justa ao “racismo sistêmico” da força policial. O pior efeito, segundo Johnson, foi na moral dos companheiros de farda, assim como uma determinação menor de se engajar em certas comunidades pelo receio de ser injustamente acusado por tais movimentos depois.
Em outras palavras: não se envolva, sorria, acene, e passe direto. A gestão de Obama, marcada pela narrativa racial, contribuiu para um menor trabalho preventivo da polícia, justamente por medo dessa campanha difamatória nas redes sociais por parte desses grupos organizados.
Para Johnson, Obama sabia o que estava fazendo, qual era sua audiência. E quando o tema era violência contra policiais, sua audiência não eram os policiais, mas sim os líderes do Black Lives Matter, os agitadores. Obama deixou bem claro que estava do lado deles, apesar de, por obrigação do cargo, ter de lamentar publicamente os ataques que culminaram em mortes de policiais.
A posição tomada por Obama nos casos com repercussão nacional envolvendo jovens negros deixou isso bem claro. O presidente ajudou a jogar combustível na fogueira racial, criando um clima de antagonismo à toda instituição, como se tais atos fossem fruto de racismo, e não de situações claramente suspeitas desses jovens (que os fatos subsequentes confirmaram serem legítimas, já que a maioria tinha ficha corrida na polícia e tentara agredir o policial em questão).
O presidente Obama, portanto, não teria sido um defensor firme da aplicação das leis, preferindo o discurso de vitimismo racial que servia de salvo-conduto para todo tipo de abuso por parte desses jovens. Isso serviu para prejudicar bastante o trabalho dos policiais. Johnson, que lembra do respeito histórico de que o cargo sempre gozou, com jovens querendo se tornar policiais por terem seus pais e seus avós na força, diz que hoje muitos simplesmente alegam não valer mais a pena.
Barack Hussein Obama deixa saudades em muitos jornalistas que se comportaram como cheerleaders, mas pelo visto sai sem um legado positivo para aqueles que atuam para garantir a lei e a ordem. Os líderes do Black Lives Matter sentirão saudades, sem dúvida. Mas já os policiais, nem tanto…
Rodrigo Constantino
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