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Este domingo foi um dia importante para o Brasil em vários aspectos, e à exceção do resultado no Rio de Janeiro (a ser comentado depois), as eleições municipais mostraram a crescente rejeição do eleitor ao PT. O “partido” de Lula não chegou a ser exterminado, mas sofreu um duro golpe. Não um “golpe” como os petistas se referem ao caso do impeachment, que foi constitucional, mas um golpe nas urnas, da democracia, do povo.

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A quadrilha de Lula perdeu cerca de metade do tamanho nos municípios. Levou uma sova de outros partidos, tanto em termos de prefeitos como de vereadores. Até o PDT assumiu um protagonismo maior na oposição, mostrando que o petismo e a esquerda continuam vivos, mas que Lula é totalmente desprezado. Vejam a variação do número de prefeitos, por exemplo:

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Enquanto o PSDB cresceu 15% e possui quase 800 prefeitos, o PT caiu 60% e está com bem menos de 300 prefeitos. Até o DEM conseguiu emplacar mais prefeitos. Se Lula chegou a dizer que iria “exterminar” o DEM da política, foi o seu “partido” que quase saiu exterminado das urnas neste domingo. É justo. É até pouco: essa máfia disfarçada de partido deveria ter seu registro cassado após tantos abusos e crimes.

Mas não deixa de ser alvissareiro ver a resposta do próprio povo nas urnas. Candidatos petistas esconderam a estrela vermelha nas campanhas, recusaram aparecer ao lado de Lula ou Dilma. Os que bancaram a aposta se deram mal. No Rio, Jandira Feghali, do PCdoB, mas bancando a candidata petista que o “partido” não tinha, fez comícios ao lado de Lula e Dilma. Acabou com menos de 4% dos votos! O PT tem agora menos vereadores do que o DEM:

A surra que o PT levou pode ser medida de outras formas também. Em 2012, Fernando Haddad teve 1.776.337 eleitores no primeiro turno. Ontem, foram 997.190. Claro que ainda espanta alguém como Haddad ter quase um milhão de votos, e isso prova que não dá para relaxar, que o petismo continua vivo, apesar de tudo. Mas é ainda assim uma ilustração de como o “partido” saiu minguado dessas eleições.

A mesma coisa ocorreu em Campinas. Marcio Pochmann, aquele que destruiu o Ipea e foi apoiado por Lula, que participou de sua campanha, passou de 147 mil votos em 2012 para 74 mil agora. Um fracasso total, que nem as pesquisas manipuladas que o Ipea fazia em seu tempo de presidente seriam capazes de mudar.

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Por falar em pesquisa, o Ibope foi outro derrotado ao lado do PT. Sua última pesquisa em São Paulo, divulgada no sábado, mostrava João Doria com 35% dos votos. A margem de erro foi de estrondosos 18%. Como escreveu O Antagonista: “A TV Globo e o Estadão, que encomendaram a pesquisa, deveriam se recusar a pagá-la. Sim, o Datafolha se saiu infinitamente melhor”.

Voltando ao PT, a pancada que levou ontem do povo brasileiro nas urnas foi tanta que lhe restou apenas o banana do Suplicy como bastião da estrela vermelha, eleito por 300 mil débeis mentais. E pior: os petistas celebraram muito essa incrível conquista, esquecendo que o homem saiu de senador para vereador, já que fora derrotado para a reeleição no Senado.

O PT vibrou muito com a queda. Um leitor resumiu bem a questão: “A situação petista é tão trágica que estão comemorando a eleição para vereador de um ex-senador e uma das maiores figuras do partido! Seria como se o Corinthians comemorasse a vitória da serie C do brasileirão!” Que fase!

Outro exemplo de fracasso petista nas urnas foi a mocinha que fala em nome dos “estudantes”, mas que foge do estudo como o diabo da cruz. A presidente da UNE, Carina Vitral, foi um dos maiores desastres eleitorais deste domingo. Como resumiu O Antagonista: “Candidata à prefeitura de Santos, ela teve 6% dos votos, com apenas 14 mil eleitores, a metade do que conseguiu o candidato a vereador Professor Kenny. O eleitorado escolheu o professor e reprovou a estudante”. Parece que a comunistazinha tinha telhado de vidro…

Por fim, mais uma derrota de Lula neste domingo, da esquerda em geral: o acordo de “paz” na Colômbia foi vetado em plebiscito, ganhou o “não”, para a surpresa dos jornalistas. Não vamos esquecer que Lula chegou a sugerir que os terroristas das Farc virassem partido político: “Se, em um continente como o nosso, um índio e um metalúrgico podem chegar à Presidência, por que alguém das Farc, disputando eleições, não pode?”, disse Lula em Rio Branco (AC).

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Derrotado novamente. Derrotado em praticamente tudo! Humilhado em São Paulo, onde Dória deu um show, e os paulistas mostraram bom senso ao eleger logo no primeiro turno um empresário de sucesso, com discurso liberal. Lula deve ter ficado atônito neste domingo com esses resultados todos. Mas calma: é apenas o começo de seu crepúsculo como líder das esquerdas, da nação.

A Lava Jato vem aí, o juiz Sergio Moro foi bastante aplaudido e tratado como herói na hora de seu voto (que com certeza não foi em petista), e o ex-presidente está cada vez mais enrolado. Não parece muito distante o dia em que Lula receberá a visita do japonês da Federal para ser levado a Curitiba. Terá de abandonar não só seu sítio e sua cobertura tríplex em frente a praia, o que já precisou fazer para tentar se proteger na Justiça, como também sua casa oficial. O Brasil aguarda ansioso pelo momento em que Lula será, após sofrer duro golpe nas urnas, finalmente preso. O sol irá raiar com mais brilho nesse dia.

Rodrigo Constantino