Deu na Veja:
O ex-presidente Lula e sua mulher, Marisa Letícia, terão pouco mais de duas semanas para elaborar uma versão para as várias perguntas que permanecem sem respostas no caso do tríplex do Guarujá, que a OAS construiu e reformou para a família presidencial. Responsável pela investigação, o promotor Cássio Conserino, do Ministério Público de São Paulo, marcou o interrogatório de Lula e dona Marisa para o dia 17 de fevereiro. No mesmo dia, o promotor irá interrogar o empreiteiro Léo Pinheiro, amigo de Lula e ex-presidente da OAS, e o engenheiro Igor Pontes, que fazia o papel de guia de Lula e Marisa durante as visitas do casal ao tríplex. Como VEJA revelou em sua edição mais recente, o Ministério Público paulista investiga o ex-presidente Lula e dona Marisa pelo crime de lavagem de dinheiro decorrente da ocultação da propriedade do apartamento.
Pois é, caro leitor. Para você que acredita em Justiça Divina, o pagamento de tantos pecados vem depois da morte. Mas para aqueles que, como eu, não desfrutam de tal consolo, resta torcer para algumas punições na Terra mesmo. E eis uma delas: o Carnaval do pinguço será utilizado para reuniões com advogados, bons e caros advogados (até porque a batata do homem está assando rápido).
Enquanto você estiver pulando o seu Carnaval, lembre-se: seu bolso pode estar vazio, mas você tem, ao menos, sua consciência tranquila, sua paz de espírito que não tem preço. Já alguns aí, poderosos, milionários, estarão tensos, preocupados, sentindo o calor do maçarico de Sergio Moro no cangote. Já é um pequeno consolo, não é mesmo?
Claro, o ideal mesmo será se e quando o Brahma for preso. Aí o Brasil para. Empresários vão distribuir cerveja “de grátis”, tudo será uma festa. A empolgação febril tomará as ruas do país, não tenho dúvidas. Mas enquanto isso não acontece, você fica aí, “de boas”, torcendo e sabendo que, ao menos, o Barba estará suando, não pelo efeito da caninha (até porque porcaria ele não bebe faz tempo; agora é só vinho caro), e sim de tensão. Já é alguma coisa…
PS: Parece que aquele triplex na praia não tem dono, apesar de dona Marisa aparecer por lá algumas vezes para inspecionar as obras caríssimas e do zelador confirmar o que todos ali sabiam: o homem é o dono sim. Mas já que, oficialmente, o troço está livre e desocupado, fica a sugestão para a turma do MSTP (Movimento Sem Triplex na Praia): podem invadir! Podem ocupar! Tenho certeza de que os petistas, e o próprio “chefe”, compreenderão se tratar de um ato heroico de “justiça social”.
Rodrigo Constantino
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