Por Thiago Kistenmacher, para o Instituto Liberal
Não é de hoje que conhecemos os perigos de Luiz Inácio Lula da Silva. Seus discursos demagógicos causam aversão e medo. Lula é um ditador acorrentado, mas pronto para ser usado, pois tem todas as ferramentas que, por sorte, ainda não tiveram total liberdade de ação.
O fascista que trata sua acusação com ironias e chora de modo forçado, chama de “companheiros” os tiranos Hugo Chávez e Fidel Castro, se aproximou de Ahmadinejad e até hoje apoia o ditador venezuelano Nicolás Maduro. Durante sua fala de defesa, na qual protagonizou um papel disparatado que só encanta sua facção, disse que se a oposição quiser vencê-lo, terá que fazê-lo nas ruas. Qualquer semelhança com o que está acontecendo na Venezuela de seu “companheiro” Maduro não é coincidência. Lula deveria saber que numa democracia a oposição se vence nas urnas, não nas ruas, que geralmente se transformam em campos de batalha. Mas não poderíamos esperar nada diferente de um apreciador de autocracias.
Ademais, não é preciso muita sagacidade para perceber os traços psicopatológicos deste “messias” político – seu choro forçado só comove crápulas como Gleisi Hoffmann, Lindbergh Farias e Rui Falcão. Lula rememora Tiradentes numa clara tentativa de ser identificado como o salvador da nação, com o martírio. E com um discurso teleológico repleto de promessas para um Brasil igualitário, encarna o messianismo político, demonstrando toda sua fé na política, cujos problemas foram discutidos por Michael Oakeshott em A Política da Fé e a Política do Ceticismo [ainda sem tradução para o português]. Todo messias político carrega um ditador dentro de si. Além disso, todo messias traz consigo uma tropa de personalidades anuladas que aguarda as ordens do chefe.
Lula não é só o líder máximo da corrupção, ele também é o coronel de uma horda disposta a tudo. Este ditador acorrentado tem milícias, o que pode ser identificado na CUT e no MST; ele tem sectários ao seu redor que defenderiam sua inocência mesmo que ele fosse réu confesso, isso considerando desde a militância da base, passando pelos professores acadêmicos e chegando ao governo federal; ele tem um partido transformado em causa máxima da vida de várias pessoas; ele beija a camisa e o símbolo do PT no intuito de cativar seu rebanho, de tornar seus soldados ainda mais aguerridos; ele convoca os militantes e partidários a usarem o vermelho pelas ruas; e com a narrativa do “golpe”, excita sua tropa contra aqueles que ele denomina “inimigos da democracia”.
Pior ainda, Lula não emite uma só palavra de reprovação sobre a violência perpetrada pelos arruaceiros que quebram tudo, gritam e picham “Fora Temer”. Evidente que não o faria, pois se a justiça brasileira tirar suas correntes, ele fará o mesmo. Lula é um ditador acorrentado tentando estourar o cadeado. Seu passado sindicalista tem muita semelhança com o fascismo de Mussolini e seu discurso salvacionista esconde uma ameaça real à democracia brasileira.
A única pobreza que Lula combateu foi a sua própria, afinal, hoje o ditador acorrentado considera como coitado aquele que ganha R$ 2.000 e diz ser simples um relógio de R$ 800. Até nisso Lula se parece com seus parceiros ditadores que usufruem do bom e do melhor enquanto vociferam contra seus inimigos. Por isso é aconselhável que permaneçamos vigiando os cadeados da justiça e conferindo as correntes que nos mantém seguros deste ditador que só não se assenhoreou de todas as instituições por falta de oportunidades.
O Brasil tem duas opções: ou mantém esse ditador acorrentado ou ele é quem nos acorrentará, afinal de contas, Lula, a autointitulada “jararaca”, não passa de um potencial ditador só esperando para dar o bote. Aliás, além da psicopatia, veneno é o que ele tem de sobra.
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