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Quando li a coluna de Rasheed Abou-Alsamh na sexta-feira no GLOBO, destilando um ódio irracional a Israel e responsabilizando seu governo pelas mortes em Gaza, bateu aquela necessidade de responder. Mas a vontade dá e passa, pois se tiver que reagir a todo ataque infundado contra Israel, não farei outra coisa na vida.

Felizmente Israel tem seus defensores na mídia, e hoje foi a vez de Osias Wurman escrever uma resposta ao ataque “eivado de imprecisões”, na expressão elegante do cônsul honorário de Israel no Rio. Wurman rebateu o “obtuso relato” do jornalista, colocando os pingos nos is. Disse ele:

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Ao contrário do que escreveu Rasheed, o cuidado dos militares israelenses foi total para não acertar inocentes que foram maliciosamente misturados com os terroristas do Hamas. Estes traziam coquetéis Molotov, explosivos e até armas camufladas. Crianças, mulheres grávidas, deficientes físicos em cadeiras de roda e até bebês foram levados para a zona das pretendidas invasões, num flagrante “crime contra os direitos humanos” praticado pela irresponsável liderança de Gaza. Indenizações foram prometidas aos que fossem feridos nos conflitos. Aliás, prática tradicional da liderança palestina de pagar mesadas às famílias de terroristas mortos ou presos em Israel.

Lamentamos a morte de qualquer ser humano, pois faz parte do DNA judaico-cristão preservar o valor máximo da vida; mas é preciso esclarecer que 50 das vítimas eram guerrilheiros do Hamas. Quem desvendou este fato foi o membro da liderança do grupo, Salah Bardawil, em entrevista gravada e amplamente divulgada, inclusive pela renomada Agencia France Press.

O relato malicioso de que enquanto a embaixada americana estava sendo inaugurada em Jerusalém, capital de fato do Estado de Israel, palestinos de Gaza estavam sendo mortos, faz parte da falaciosa narrativa de vitimização que mantém o povo palestino como eternas vítimas e subjugados refugiados.

Por que os palestinos da Cisjordânia não se manifestaram contra a inauguração da embaixada? Por que os palestinos que residem em Jerusalém Oriental também não se manifestaram? Por que os 2,5 milhões de árabe-israelenses ficaram indiferentes aos conflitos na fronteira com Gaza e o evento na nova embaixada? Teria sido por indiferença em relação a seus irmãos ou por entenderem melhor que o ato de invasão de Israel era um factoide suicida?

Wurman segue mostrando como o Hamas, um grupo terrorista, desperdiçou os milhões de dólares em ajuda internacional construindo foguetes para atacar Israel, que só não causam estragos maiores por conta da tecnologia de ponta da defesa israelense. Há, ainda, os túneis subterrâneos cavados para ataques dentro do território de Israel, que as forças de defesa do país também conseguiram bloquear, em grande parte.

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Ignorar que Israel está sob ataque por um grupo que não aceita sua simples existência é o ápice da desonestidade intelectual. Fingir que a paz, por meio de “dois estados e dois povos”, não é possível justamente por culpa de Israel, e não de quem que destrui-lo, é tentar enganar os trouxas. E, por fim, falar da “bolha de prosperidade” em Israel como se não fosse mérito do próprio povo judeu é jogar para a plateia, atiçando a inveja “igualitária” dos socialistas, como Wurman conclui:

Realmente, Israel é hoje “uma bolha de riqueza e bem-estar”, mas isto é fruto do trabalho e dedicação de um povo que transformou um deserto numa nação de inovações. E devemos lembrar que 2,5 milhões de árabe-israelenses pacíficos participam destes benefícios.

O que falta para implantar a paz na região é uma liderança palestina que concretize uma unidade entre os inimigos de Gaza e Cisjordânia e, logo após, explicitem a vontade de conviver em paz com o Estado de Israel.

Mas a paz não interessa a todos, infelizmente. Há muitos que lucram com a violência, a desordem, o terrorismo. E tem muita gente que aproveita a ignorância e a inveja dos leigos para impor uma narrativa falsa que inverte os fatos e transforma Israel no grande vilão da região. Estamos aqui para esclarecer essas coisas.

Rodrigo Constantino

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