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O Brasil gerou 48.436 empregos com carteira assinada em junho, o melhor resultado para o mês desde 2013, quando foram criados 123.836 postos de trabalho, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quinta-feira (25) pelo Ministério da Economia.

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A estimativa veio em linha com projeções da consultoria LCA, que previa geração líquida de 49,4 mil empregos. Os empregos gerados representam um aumento de 30,2% em relação a maio, quando foram criadas 37.188 vagas. Também significam uma recuperação ante junho do ano passado, quando foram eliminados 661 postos de trabalho.

No ano, o saldo está positivo em 408.500, maior que o registrado nos seis primeiros meses de 2018, quando foram gerados 392.461 empregos com carteira assinada. É também o melhor resultado até junho desde 2014 (588.671). Em 12 meses, a criação acumulada é de 524.931 vagas de trabalho.

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A economia está finalmente acelerando. O indicador de emprego é talvez o mais importante, primeiro porque são ainda cerca de 13 milhões de desempregados no país, fora aqueles que desistiram de procurar trabalho ou que estão em subempregos; segundo porque a contratação é uma decisão que costuma ser tomada apenas quando o empresário está bem confiante no futuro, ainda mais no Brasil, com leis trabalhistas muito rígidas.

Logo, se mais de 400 mil empregos com carteira assinada foram criados só neste ano, isso quer dizer que há uma expectativa de crescimento mais sustentável à frente. Certamente isso tem ligação com o bom andamento da reforma previdenciária no Congresso, além da MP da Liberdade Econômica e o projeto de reforma tributária. Ou seja, o governo Bolsonaro vem fazendo o dever de casa na área econômica, com viés liberal, e o mercado de trabalho começa a sentir o impacto positivo.

Claro que ainda é tímido, pouco, e o PIB não deverá crescer sequer 1% este ano. Mas os efeitos costumam levar algum tempo, e ao menos as mudanças apontam na direção correta. Se a agenda reformista liberal avançar mesmo, essa criação de postos de trabalho será só o começo: vem muito mais emprego aí, para alívio geral!

Rodrigo Constantino