Deu na coluna de Ancelmo Gois, no GLOBO:
Mãe solteira
O Rio é a segunda capital do país com a maior população de mães solteiras no momento do nascimento dos bebês: 61,6%, segundo estudo da FGV/DAPP. Só Manaus tem percentual maior: 70,1%. São Paulo aparece em 12º lugar, com 41,2%.
O estudo, coordenado pelo diretor Marco Aurelio Ruediger, foi feito com base em dados do DataSUS.
Segue…
O Rio também é a capital do Sudeste com o maior número de crianças nascidas de mães com menos de 20 anos (16,29%), e que estudaram por menos de oito anos (19,16%).
Ou seja, mães jovens, às vezes adolescentes, e solteiras, sem a presença de um pai para ajudar na criação do filho. Como pode dar certo? Talvez nas hostes feministas isso pareça legal. Talvez a esquerda caviar pense numa Jane Fonda ou numa Madonna, com um séquito de babás, quando falam em “mãe solteira”, como se fosse uma conquista das mulheres.
Mas a realidade é bem diferente. Na prática, estamos falando de crianças que vêm ao mundo sem uma estrutura familiar devida, sem um pai para contribuir não só com a renda familiar, mas principalmente com a educação dos filhos, impondo limites, representando a Lei dentro de casa.
Aquilo que parece apenas descolado para as elites é uma triste realidade nos guetos, nas favelas. Essas crianças terão, com probabilidade muito maior, problemas na formação, dificuldade de introjetar certos valores, estarão mais inclinadas às drogas, ao crime. A destruição da família é um dos temas mais relevantes da era moderna. E os “progressistas” acham charmoso falar em maternidade independente…
Nos Estados Unidos, mais de 70% dos negros nascem fora do casamento, sem os pais. Essa proporção era de 25% quando começou o projeto “progressista” da Grande Sociedade, que passou a fornecer incentivos às mães negras solteiras. Eis o resultado, com ligação direta na taxa de criminalidade deles: com apenas 13% do total da população, os negros são responsáveis por cerca de 40% dos crimes, dependendo do estado. Isso não tem nada a ver com escravidão ou racismo, mas com cultura.
Valores morais. Eis o que precisa ser resgatado no mundo de hoje. Aquela coisa “antiquada” chamada família tradicional, com papai, mamãe, vovô, vovó, tios, primos, enfim, o núcleo que sempre representou não só um ambiente mais seguro para a formação dos jovens, como também um foco de resistência aos anseios totalitários de governos.
A esquerda aplaude essa situação lamentável, pois muitos desses filhos serão eleitores dos populistas amanhã, em busca de privilégios, de “direitos” de quem acha que basta chorar para ser recompensado. Mas esse é um modelo terrível e insustentável, em que a própria criança é a maior vítima, e seus pais os grandes responsáveis pela tragédia, com os aplausos dos grupos esquerdistas irresponsáveis.
Rodrigo Constantino
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