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Marcelo Caetano, de 26 anos, é mais um formando do curso de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), mas sua trajetória o torna único. Negro e transexual, ele foi o primeiro estudante da UnB a conquistar o direito de ser reconhecido pelo nome social. No discurso de sua formatura (veja vídeo no fim da matéria), ele protestou contra as barreiras que precisou superar e fez duras críticas à Academia.

“Cotas não são presente, são só um pequeno pedaço do que nos devem. Chegamos aqui forjados pelos que nos precederam, mas não se esqueçam: nossos passos vêm de longe. Se estou aqui hoje é só porque tantos outros já vieram”, disse Caetano, arrancando aplausos dos presentes. “Erguer muros não vai nos impedir de entrar. Se precisar, nós vamos derrubar”.

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O vídeo do discurso se espalhou pelas redes sociais. Em entrevista ao GLOBO, Caetano se disse surpreso com a repercussão. Ele considera que sua fala reflete debates que já existem há algum tempo, mas que poucos expressam publicamente. O principal alvo foi a postura da Academia que, segundo o recém-formado cientista político, enxerga a sociedade com olhar “branco, macho e eurocêntrico”.

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No discurso de formatura, o jovem citou nomes de negros mortos ou desaparecidos após abordagens policiais, e denunciou o “genocídio” que vitimiza cidadãos negros no país.

“Um genocídio que começa aqui dentro, quando são brancos todos os nossos professores, quando é branca e masculina toda a nossa bibliografia”, afirmou. “Ainda aguardamos pelo dia em que o preto estará no rosto, mais do que nas becas. Em que as travestis estarão na escola, mais do que na esquina”.

O vitimismo é cansativo. Essa gente não chega a lugar algum sem o “mimimi”, é só o que sabem fazer. Dou uma mariola mordida para quem acertar qual será a linha ideológica desse novo “cientista político”, que tipo de sistema ele vai pregar e onde encontrará emprego. Dica: não será um liberal ou conservador gerando riqueza na iniciativa privada e enaltecendo o capitalismo que enriquece as massas.

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A “tolerância” deles é impressionante. Sentem-se no direito de “derrubar muros”, e não apenas metaforicamente, pois se julgam vítimas dos “branco opressores”. Querem mudar o cânone da Academia pois tem branco demais. Onde já se viu ler Shakespeare? Tudo é “eurocentrismo” da “elite branca” que quer manter os “pobres coitados” na condição de “escravos”. Por que o rapaz (ou sei lá como defini-lo) não vai para a África negra ver como é a qualidade de vida das “minorias” lá?

Sério, essa narrativa marxista de luta de classes que coloca sempre o homem branco como vilão da história já deu. É absurda, idiota, equivocada, e serve somente para que oportunistas de plantão consigam privilégios em nome da “justiça” e da “reparação”. É tudo muito cansativo, mas é preciso falar disso, pois essa turma está avançando, está conquistando poder no grito, destruindo valores tradicionais e atacando o conhecimento clássico.

Não tenho mais paciência para esses tipos. Só sei que se derrubarem os muros que querem mesmo, a barbárie tomará conta de vez da civilização. É o que sustento em meu novo curso online pela Kátedra…

Rodrigo Constantino