É cansativo, eu sei. E é previsível. Mas são os ossos do ofício, e preciso mostrar o modus operandi da nossa esquerda, como ela age de forma pérfida para tentar desmoralizar a direita liberal. Escrevi um texto que está super badalado sobre o caso chocante do ex-repórter que matou seus antigos colegas de trabalho ao vivo e depois se matou.
Meu ponto principal, destacado logo no primeiro parágrafo: que indivíduos matam, não gênero, raça, classe ou qualquer outra abstração coletiva, muito menos objetos inanimados como armas. Meu segundo ponto mais importante: chamar a atenção para o fato de que a esquerda, normalmente, apela para uma narrativa enviesada, justamente para pintar um quadro coletivista de que “minorias” são sempre vítimas.
Não!, disse eu. As tais “minorias” também estão do lado de lá, cometendo crimes, matando inocentes, agindo como malucos. Os maiores assassinos de negros nos Estados Unidos são… negros também. Mostrei que a esquerda ignora esse fato para preservar sua narrativa hipócrita, sensacionalista, mentirosa e rancorosa, que coloca sempre a “elite”, os “homens brancos ocidentais”, no banco dos réus, mesmo quando são vítimas.
Pois bem: devo assumir que qualquer pessoa que consegue interpretar um texto infantil, somar dois com dois e passar num teste do Colibri ou da Mobral compreendeu perfeitamente minha mensagem. Logo, se alguém “entendeu” algo diferente, só podemos estar diante de um canalha mesmo, de falta de caráter, a marca registrada da nossa esquerda, que ainda consegue defender o indefensável PT. Foi o que fez o tal blogueiro de cinema.
Ele se assanhou por eu ter resolvido aliviar sua barra naquele episódio podre de difamação, poupando-o de um custoso processo judicial (ainda dá tempo), e ficou mais ousado em sua canalhice. Descobriu que me atacar lhe rende mais ibope do que fazer “críticas” de filmes da Xuxa. Os petistas babões pululam em sua página curtindo sua “análise” e destilando seu ódio contra minha pessoa e toda a VEJA, ícone da “direita raivosa” (pois é, eles se julgam os tolerantes amorosos!). Eis o que ele escreve:
Sujeito mata jornalista e cinegrafista diante das câmeras nos Estados Unidos. Infinitas questões podem ser levantadas pela tragédia: o efeito da falta de controle sobre armas de fogo nos EUA; o fato de que em 2015 houve mais de um tiroteio em massa POR DIA naquele país; o papel que a mídia desempenha ao fornecer vitrine a maníacos (e este, por exemplo, conseguiu o que queria, já que seu vídeo foi propagado nas redes); e assim por diante.
No entanto, para certo blogueiro da Veja, a questão “relevante” e que mereceu mais um de seus repugnantes posts foi “negros e gays também podem ser assassinos”.
Como digo sempre: é MUITO BOM estar do lado oposto a esta gente da neodireita.
Depois vem a fúria da horda dos bárbaros, todos aplaudindo a “sabedoria” do “mestre” e aproveitando para me detonar. Mas no meio de tanta porcaria aparecem alguns comentários que esfregam o absurdo na cara dos cães raivosos, como este: “como é bom estar do lado que entende que o constantino ironizou justamente a importancia que VOCES dão pra isso”. Exatamente. Elementar, meu caro Watson.
Reparem que o blogueiro de cinema começa com um “sujeito” indefinido para se referir a quem matou os inocentes. Mas meu ponto era justamente o de que, quando o assassino é branco e as vítimas pertencem às “minorias”, isso jamais acontece! O mesmo blogueiro começaria, sem sombra de dúvidas, deixando bem claro, como aliás fazem os “jornalistas” todos: “Branco mata negros e gays diante das câmeras”.
Ou seja, quando o crime se encaixa em suas narrativas de “oprimidos”, os sujeitos que cometeram o ato bárbaro deixam de ser indefinidos e passam a ser identificados com base na cor, na preferência sexual, no gênero, na religião ou na classe social. Trata-se de um duplo padrão ridículo, podre, de quem não enxerga indivíduos, mas apenas “coletivos”.
Outro ponto lamentável é que o tal blogueiro de cinema resolve destilar um antiamericanismo boboca e infantil, e ainda faz o jogo da esquerda americana e culpa as armas pelo crime! Ou seja, o problema não é o cara ser um desequilibrado, ter a desculpa justamente da narrativa das “minorias oprimidas” para matar inocentes com a consciência limpa, nada disso. O problema é que não é tão difícil comprar uma arma nos Estados Unidos, graças ao direito constitucional de legítima-defesa bem estabelecido por lá.
O “sensível” que ficou “horrorizado” com meu enfoque resolveu usar a tragédia para sua pauta ideológica e política e fazer campanha de desarmamento de inocentes, sendo que os malucos e marginais sempre poderão continuar obtendo suas armas mesmo. Pergunto ao leitor: é ou não é um claro desvio de caráter?
Rodrigo Constantino
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