Todos que viram as imagens, os vídeos e os relatos dos manifestantes do Movimento Brasil Livre sabem bem o que aconteceu. A garotada, que está acampada em frente ao Congresso há dias de forma totalmente pacífica, foi atacada deliberadamente por membros do MST, após o líder do PT na Câmara, Sibá Machado, alertar que iam “pro pau” contra os “vagabundos”. São esses os fatos. Mas como o jornal dá a notícia?
Vejamos o caso do GLOBO: Ativistas pró e contra governo se enfrentam no Congresso. Eis a chamada. Faz sentido isso? Quem lê o “headline” não fica sabendo quem iniciou a agressão, e parece se tratar de uma briga do nada, ou mutuamente provocada. Na continuação da reportagem, a mesma dúvida no ar:
“A quarta-feira no Congresso teve de algemados no interior da Câmara a confronto com socos e pontapés entre sem-teto e manifestantes pró-impeachment do lado de fora do Parlamento. Houve até acusações de militantes espetando seus opositores com um palito de dente”.
Houve até acusação de militantes usando palito de dente? De qual lado? Quem usou palito de dente para espetar os opositores? A reportagem simplesmente não diz (só no final, para quem conseguiu chegar lá). Mas eu digo: foram os invasores do MST que usaram palitos de dente contra os manifestantes do MBL. Ao falar em “confronto com socos e pontapés” entre os dois lados, o jornal usurpa do leitor a verdade, de que um lado partiu para os socos e pontapés, o do MST, enquanto o outro lado levou os socos e pontapés, o do MBL. Isso é jornalismo sério?
O “neutralismo” da imprensa soa falso quando puxa sempre para um lado. O viés de esquerda é evidente ao se tratar com condescendência os agressores vermelhos. Por que não dar nome aos bois? Por que não ser mais transparente em nome da verdade logo na chamada? Se eu fosse um editor de jornal, assim seria a chamada da reportagem:
Manifestantes contra governo são agredidos por MST
E eu estaria simplesmente relatando um fato ocorrido, a mais pura verdade, que tem sido cada vez mais escondida dos leitores em nome de uma “imparcialidade” que é, no fundo, uma parcialidade avermelhada.
Rodrigo Constantino
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